segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

COMPORTAMENTO EM FOCO

Quem manda em casa: pais ou filho?

Escrito por Jorge Lordello Sex, 22 de Julho de 2011 20:59

O filho roqueiro, de 16 anos, de um pastor da igreja, queria muito dirigir o carro do pai. Esperou o melhor momento e fez o pedido, alegando que os genitores de seus colegas de escola permitiam breves passeios. Depois de refletir, o religioso responde: "Filho, vamos fazer o seguinte: você melhora suas notas na escola, estuda a Bíblia todos os dias e corta esses cabelos, que estão muito compridos, aí voltamos a  conversar sobre esse assunto".

Um mês depois, o rapaz volta a cobrar se pode dar uma voltinha de carro. O pastor, serenamente, comenta: "Filho, estou realmente orgulhoso de você, pois dobrou suas notas no colégio e tem estudado com afinco a palavra de Deus, mas reparei que não cortou os cabelos!" O rapaz retruca, apresentando ótimo argumento: "Papai, lendo a Bíblia fiquei intrigado, pois Sansão usava cabelos longos e Noé também. Até Jesus tinha cabelos compridos! E sei que todos eram boas pessoas". O genitor concluiu: "Puxa, meu garoto, você tem toda razão, e olha...todos eles andavam muito a pé". O jovem, meio sem jeito, baixou a cabeça, pegou os livros e foi para a escola.

É comum filhos fazerem pedidos complicados e, até, muitas vezes, absurdos e contrários a lei. Costumam alegar que os amiguinhos tiveram as vontades atendidas pela família. Nessas ocasiões devemos ser firmes e mostrar que tudo tem sua hora na vida.

Quando falamos a palavra "não" a um filho, devemos mantê-la até o final. O problema é que muitos pais dizem "não" e em seguida, quando o filho apresenta recurso, tentando alterar a sentença negatória, recuam. Os artifícios podem ser choro, grito, cara feia e tantos outros, sempre objetivando que o responsável altere, rapidamente, a "sentença", permitindo a realização do desejo infantil ou juvenil.

O mesmo acontece quando, por exemplo, uma mãe aplica castigo ao filho: "Você vai ficar 3 dias sem sair de casa e não poderá brincar com seus amiguinhos". Naquele momento o garotinho pensa: "Qual estratégia usarei para dobrar mamãe?". A arma que mais oferece resultados é o sentimentalismo. O segredo é apelar para emoção.

Por algumas horas a mulher resiste, mas em dado momento joga a toalha, finge esquecer que tinha aplicado pena disciplinar. O garoto sai vitorioso; mais do que isso, aprende o "caminho das pedras" para dobrar a mãe quando bem entender. Talvez um dos piores equívocos cometidos por pais é falar a palavra "não" a um filho e reverter a decisão em seguida, sem esperar o tempo adequado. Aí, o filho raciocina que o "não" na verdade é um belíssimo "fique a vontade, faça o que quiser".

Portanto, antes de negar algum pedido ou determinar certa punição, reflita antes se conseguirá fazer cumprir sua vontade. Não exagere, evite ser radical e procure sempre o diálogo, mas quando tomar uma decisão, lembre-se de não voltar atrás, para não virar "jurisprudência".
E-MAIL ENVIADO POR DORIS DAY

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