sábado, 24 de março de 2012

SAÚDE EM FOCO - TUBERCULOSE


Dia Mundial da Tuberculose: Brasil investe no combate à doença

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O Dia Mundial de Combate à Tuberculose, celebrado anualmente em 24 de março, ganhou significado especial para os brasileiros neste ano, em que são lembrados os 50 anos da morte do brasileiro Manuel Dias de Abreu, inventor da abreugrafia, uma das grandes contribuições do País à medicina mundial, que o levou a ser indicado ao prêmio Nobel cinco vezes. Em entrevista à agência de notícias France Presse, Miguel Aiub Hijjar, chefe do Centro de Referência Prof. Hélio Fraga (CRPHF/ENSP), falou sobre a doença e a evolução do tratamento. Leia a seguir:

Dia Mundial da Tuberculose: Brasil investe no combate a uma doença invisível

O Brasil avança em novos tratamentos de combate à tuberculose para atingir as metas estabelecidas dentro dos Objetivos do Milênio definidos pela ONU, depois de ter sido um precursor no método de diagnóstico de uma doença que mata 1,5 milhão de pessoas por ano no mundo.

O Dia Mundial de Combate à Tuberculose, celebrado anualmente em 24 de março, ganha um significado especial para os brasileiros neste ano, em que são lembrados os 50 anos da morte do brasileiro Manuel Dias de Abreu, inventor da abreugrafia, uma das grandes contribuições do País à medicina mundial, que o levou a ser indicado ao prêmio Nobel cinco vezes.

No entanto, o país que já foi referência no combate à doença ainda convive com ela, integrando a lista das 22 nações que concentram 80% dos casos no mundo, com cerca de 4.600 casos por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A redução dos casos detectados até 2015 é um dos requisitos brasileiros dentro dos Objetivos do Milênio, definidos no ano 2000 pela ONU.

No começo do século XX, a tuberculose era uma epidemia no país e não havia políticas de controle eficaz ou tratamento. "Cerca de 50% das pessoas que contraíam tuberculose morriam em dois anos se a doença evoluísse. Hoje existe a perspectiva do tratamento", explicou Miguel Aiub Hijjar, chefe do Centro de Referência Prof. Hélio Fraga, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz.

A descoberta de medicamentos veio nos anos quarenta e o número de casos começou a reduzir, graças também à melhoria das condições de vida. Em 1936, o médico Manuel Dias de Abreu criou uma espécie de raio-X simplificado que oferecia um diagnóstico rápido e barato e que ficou conhecido como abreugrafia.

"A utilização do raio-X comum era dificultada pela falta de recursos que evitassem a contaminação", explicou a especialista em história da tuberculose, Dilene dos Santos. "A abreugrafia virou exame diagnóstico de massas, principalmente nas décadas de setenta e oitenta, quando era requisitado na admissão a empregos".
Atualmente, acredita-se que um terço da população mundial tenha tido contato com o bacilo de Koch, causador da tuberculose.

Esta semana, uma aliança global contra a tuberculose anunciou o primeiro teste clínico de um novo tratamento para a doença – tanto na forma clássica quanto naquelas resistentes aos antibióticos – que será realizado no Brasil, e em países como África do Sul e Tanzânia.

A Aliança Mundial para o Desenvolvimento de Medicamentos contra a Tuberculose (TB Alliance), financiada por governos e fundações como a Fundação Bill e Melinda Gates, indicou que uma nova combinação de drogas promete avanços.

Para Hijjar, os maiores desafios no tratamento são a sua associação com a Aids, que aumenta a incidência, a persistência da pobreza e o abandono do tratamento.

"A média de abandono no Brasil é de quase 11%, quando o aceitável é 5%", afirmou.

O tratamento deve ser realizado durante seis meses e o abandono leva à resistência aos medicamentos. Na tuberculose multirresistente, se estende por dois anos ou mais.

Atualmente, as pesquisas avançam em três direções: na redução desse tempo, na busca por uma vacina recomendada para adultos e por diagnósticos mais rápidos e modernos, como o GenXpert e Genotype MTBDRplus, substituindo a tradicional baciloscopia, utilizada desde sua invenção, no século XIX.

Carlos Basilia, diretor do Fórum de ONGs Tuberculose RJ – que reúne mais de 200 organizações não governamentais com diferentes áreas de atuação –, lembrou que a tuberculose ainda tem muitos estigmas.

"Há uma invisibilidade do problema e das pessoas com tuberculose, ao contrário da dengue, por exemplo", afirmou.

Entre os sintomas da tuberculose, estão: tosse persistente há mais de 3 semanas, com presença ou não de catarro ou sangue, perda de apetite, emagrecimento, febre baixa no fim do dia e suores noturnos. Quando apresentado um desses sintomas, é aconselhável procurar o serviço de saúde para que seja feito um exame de escarro.

sexta-feira, 23 de março de 2012

COMPORTAMENTO EM FOCO - VOCÊ É RACISTA?


A palavra raça não identifica nenhuma realidade biológica reconhecível no DNA de nossa espécie, e que portanto não há nada de inevitável ou genético nas identidades étnicas e culturais, tais como as conhecemos hoje em dia. Sobre isso, a ciência tem ideias bem claras

Todas as raças provêm de um só tronco, o Homo sapiens, portanto o patrimônio hereditário dos humanos é comum. E isto por si só não justifica o racismo, pois as raças não são nem superiores, nem inferiores, são apenas diferentes. [carece de fontes]

O racismo pode ser pensado como uma “adoção de uma visão equivocada da biologia humana ”, expressa pelo conceito de ‘raça’, que estabeleceu uma justificativa para a subordinação permanente de outros indivíduos e povos, temporariamente sujeitos pelas armas, pela conquista, pela destituição material e cultural, ou seja, pela pobreza, como conceitua Antônio Sérgio Alfredo Guimarães.

Atualmente ramos do conhecimento científico como a Antropologia, História ou Etnologia preferem o uso do conceito de etnia para descreverem a composição de povos e grupos identitários ou culturais.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Racismo

SOMOS TODOS FILHOS DO MESMO PAI!  FALANDO NISSO, QUAL É A COR DO NOSSO PAI?

COMPORTAMENTO - RACISMO

BIOLOGIA EM FOCO - DIA MUNDIAL DA METEOROLOGIA

sexta-feira, 9 de março de 2012

COMPORTAMENTO EM FOCO - E VOCÊ, É NORMAL!?

SAÚDE EM FOCO

Cientistas identificam como maconha afeta memória de curto prazoPDFImprimirE-mail
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A maconha inunda o cérebro com uma série de substâncias químicas que imitam um de seus próprios sistemas de sinalização, levando a mudanças na memória e no humor.
Londres - Cientistas acreditam estar mais perto de entender como o consumo de maconha interrompe a memória de curto prazo. A equipe canadense da Universidade de Ottawa reduziu este efeito ao manipular um tipo particular de célula do cérebro chamada de astrócito. Em artigo escrito para a revista "Cell", eles disseram que seria possível bloqueá-la com medicamentos baseados em maconha.
Um pesquisador britânico disse que a experiência poderia revelar mais da química natural do cérebro. A maconha inunda o cérebro com uma série de substâncias químicas que imitam um de seus próprios sistemas de sinalização, levando a mudanças na memória e no humor.
Os cientistas estão tentando aproveitar o poder destas químicas, chamadas de canabinoides, em produtos farmacêuticos destinados a tratar doenças como a esclerose múltipla e a dor crônica. As doses de canabinoides são cuidadosamente controladas para evitar efeitos adversos.
O trabalho realizado pelos pesquisadores da Universidade de Ottawa pode lançar luz sobre como um dos canabinoides mais conhecidos, o THC, age no cérebro. Seu trabalho sugere que, quando se trata dos efeitos sobre a memória, o THC não está agindo, como poderia ser esperado, nos neurônios do cérebro, mas numa célula do cérebro chamada de astrócito.
Eles criaram camundongos cujos astrócitos não poderiam ser afetados pelo THC, e descobriram que sua memória espacial não foi afetada pela dose. Esta descoberta pode ajudar companhias farmacêuticas a reduzir o risco de efeitos colaterais indesejados quando usassem THC em seus produtos, eles sugerem. No entanto, possivelmente o mais importante da pesquisa, é que pode-se entender as vias químicas do prórprio cérebro, o sistema endocanabinoide.
- Quando falamos de qualquer função fisiológica do corpo, é provável que os endocanabinoides estejam envolvidos de alguma forma - disse Xia Zhang, um dos pesquisadores.
Entender como esse sistema funciona pode levar a formas de fazê-lo funcionar melhor, ele sugere.
- Nós podemos achar um jeito de lidar com problemas de memória de trabalho na doença de Alzheimer - disse ele.
Heather Ashton, professora da Universidade de Newcastle, disse que problemas de memória são uma consequência já identificada do consumo de maconha, e que compreender o mecanismo por trás deles era "interessante".
- Quando alguém está usando maconha, em alguns casos, você acha que esta pessoa não conseguirá sequer lembrar do início de uma frase quando chegar ao fim dela - ela disse.
Mas a especialista concordou que os benefícios práticos dessa pesquisa podem ser uma melhor compreensão do sistema endocanabinoide do próprio organismo, em vez dos efeitos da maconha em si.  



FIQUE ATENTO!

quinta-feira, 8 de março de 2012

COMPORTAMENTO EM FOCO - DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Mulher

Erasmo Carlos

Dizem que a mulher
É o sexo frágil
Mas que mentira
Absurda!
Eu que faço parte
Da rotina de uma delas
Sei que a força
Está com elas...
Vejam como é forte
A que eu conheço
Sua sapiência
Não tem preço
Satisfaz meu ego
Se fingindo submissa
Mas no fundo
Me enfeitiça...
Quando eu chego em casa
À noitinha
Quero uma mulher só minha
Mas prá quem deu luz
Não tem mais jeito
Porque um filho
Quer seu peito...
O outro já reclama
A sua mão
E o outro quer o amor
Que ela tiver
Quatro homens
Dependentes e carentes
Da força da mulher...
Mulher! Mulher!
Do barro
De que você foi gerada
Me veio inspiração
Prá decantar você
Nessa canção...
Mulher! Mulher!
Na escola
Em que você foi
Ensinada
Jamais tirei um 10
Sou forte
Mas não chego
Aos seus pés...

segunda-feira, 5 de março de 2012

SAÚDE EM FOCO

TABAGISMO E RISCO DE CÂNCER DE BEXIGA ENTRE HOMENS E MULHERE

Introdução
Neal D. Freedman, PhD, MPH; Debra T. Silverman, ScD, ScM; Albert R. Hollenbeck, PhD; Arthur Schatzkin, MD, DrPH†; Christian C. Abnet, PhD, MPH
Estudos anteriores indicam que o risco populacional atribuível de câncer de bexiga associado ao tabagismo é de 50% a 65% nos homens e de 20% a 30% nas mulheres, e que o hábito de fumar cigarro triplica o risco de câncer de bexiga. Durante os últimos 30 anos, a incidência deste câncer manteve-se estável nos Estados Unidos entre homens (123,8 por 100.000 pessoas-ano para 142,2 por 100.000 pessoas-anos) e mulheres (32,5 por 100.000 pessoas-ano para 33,2 por 100.000 pessoas-ano), porém, com as mudanças na prevalência do tabagismo e na composição dos cigarros, as estimativas de risco para câncer de bexiga e tabagismo devem ser reavaliadas.
Objetivos
Avaliar a associação entre tabagismo e câncer de bexiga.
Métodos
Homens (n = 281.394) e mulheres (n = 186.134) participantes do coorte National Institutes of Health-AARP (NIH-AARP) Diet and Health Study completaram um questionário sobre estilo de vida e foram acompanhados entre 25 de outubro de 1995 a 31 de dezembro de 2006. Estudos prospectivos coorte anteriores sobre tabagismo e incidência de câncer de bexiga foram identificados por uma revisão sistemática e os riscos relativos foram estimados.
Resultados
Durante 4.518.941 pessoas-anos de follow-up, o câncer de bexiga ocorreu em 3.896 homens (144 por 100.000 pessoas-ano) e 627 mulheres (34,5 por 100. 000 pessoas-ano).
A incidência anual de câncer de bexiga entre fumantes, ex-fumantes não-fumantes foi respectivamente 177,3 119,8, e 39,8 para cada 100.000 pessoas.
A estimativa de risco para fumantes em sete estudos anteriores (iniciados entre 1963 e 1987) foi de 2,94. O risco populacional de câncer de bexiga atribuível ao tabagismo foi de 0,50 (IC95%: 0,45-0,54) em homens e de 0,52 (IC95%: 0,45-0,59) em mulheres.
Conclusão
Em comparação com uma estimativa combinada de dados norte-americanos de uma coorte iniciada entre 1963 e 1987, os riscos relativos para o tabagismo mostrados nos dados mais recentes do NIH-AARP Diet and Health Study cohort foram superiores, com riscos populacionais atribuíveis comparáveis entre mulheres e homens.
Financiamento
Intramural Research Program of the National Institutes of Health, National Cancer Institute, Division of Cancer Epidemiology and Genetics.
Referência
Freedman ND, Silverman DT, Hollenbeck AR, Schatzkin A, CC Abnet. Association Between Smoking and Risk of Bladder Cancer Among Men and Women. JAMA. 2011;306(7):737-745.