sexta-feira, 16 de setembro de 2011

BIOLOGIA EM FOCO

Diamantes brasileiros revelam nova teoria sobre ciclo do carbono



Em artigo publicado na edição desta quinta-feira (15) da revista científica Science, o pesquisador da Universidade de Bristol Michael Walter e seus colegas no Brasil e nos Estados Unidos revelam que o ciclo do carbono (movimento do carbono pela atmosfera, oceanos e crosta terrestre), do qual a grande maioria dos seres depende, atinge profundezas da Terra muito além do que se supunha, chegando até o manto inferior.
O achado desvenda a extensão do ciclo de carbono, mostrando a ligação entre processos químicos e biológicos que ocorrem desde a terra firme e os oceanos até o interior bem profundo do planeta.
Anteriormente, acreditava-se que o ciclo do carbono poderia chegar apenas até o manto superior da Terra, ou seja, cerca de 400 quilômetros em direção ao interior do globo. A novidade trazida à tona por esta pesquisa é a de que o ciclo do carbono seria capaz de atingir uma distância de 660 quilômetros, chegando, assim, mais profundamente ao interior da Terra.
Para se chegar a essa conclusão, os pesquisadores utilizaram matéria-prima brasileira: um conjunto de diamantes superprofundos de jazidas próximas à cidade de Juína, no norte do Mato Grosso, a 754 quilômetros da capital Cuiabá.
Os diamantes estudados contêm nas inclusões uma série de minerais formados quando o basalto se funde e cristaliza nas pressões e temperaturas extremas do manto inferior. A teoria dos cientistas é de que as inclusões teriam se dado quando as jazidas formadoras de diamantes incorporaram componentes basálticos da crosta terrestre do fundo do mar, que desceram até as partes mais inferiores do planeta. Se o caminho for realmente esse, o carbono que forma os diamantes pode ter sido depositado na crosta oceânica no fundo do mar. Essa ideia é reforçada pela relativa abundância de isótopos leves de carbono nos diamantes de Juína, pois essa forma mais leve é encontrada na superfície, e não no manto.
“Estudamos diamantes neste tipo de pesquisa pois eles são capazes de preservar os minerais inclusos. Os diamantes são transportados desde o manto inferior e as inclusões minerais podem ficar intactas. Essas pedras representam, portanto, amostras diretas e únicas do manto inferior. Outros minerais sendo transportados desde o manto inferior podem ser re-equilibrados e/ou modificados em pressões e temperaturas mais baixas”, disse ao iG a cientista da Universidade de Brasília Débora Passos de Araújo, que assina a pesquisa junto com Walter.
Para o autor principal da pesquisa, os diamantes são cápsulas do espaço e do tempo, capazes de carregar informações de lá para cá: “É possível que as inclusões minerais nos permitam perseguir o movimento do manto. Nós gostamos de pensar nos diamantes na forma de cápsulas do espaço e do tempo. Ao combinar o que a mineralogia nos diz sobre o quanto os diamantes têm sido transportados pelo fluxo do manto, com informações sobre a idade, podemos potencialmente calcular a taxa de movimentação das camadas terrestres”, explicou Walter ao iG.
O poder dos diamantes brasileiros – O motivo da escolha deste grupo de diamantes ocorreu em função da taxa de diamantes profundos encontrados em Juína ser expressivamente maior do que em outros locais.
“Os diamantes de Juína são conhecidos desde 1991 por conterem inclusões da zona de transição e do manto inferior. Anteriormente, só haviam sido descritos diamantes profundos na Austrália e na África do Sul. Os diamantes profundos de Juína continuaram a ser descobertos e sempre com mais novidades, maior número de inclusões e maior número de amostras do que nas outras localidades. Enquanto em outros locais se encontra 10%, 20% de diamantes profundos entre aqueles formados no manto superior, em Juína esta taxa pode alcançar 90%”, explicou Débora.
“O repositório de carbono importante na Terra é provavelmente o manto, ao invés da atmosfera ou da biosfera, mas é o menos compreendido. Em termos do ciclo de carbono global, os nossos novos achados podem ajudar a entender onde o carbono que passou pelo processo de subducção acaba e como o reservatório do manto pode afetar o ciclo global sobre a história da Terra”, finalizou Walter. (Fonte: Tatiana Tavares/ Portal iG)
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terça-feira, 6 de setembro de 2011

BIOLOGIA EM FOCO

Reciclagem de dióxido de carbono



A contribuição do excesso de emissão de dióxido de carbono (CO2) para as mudanças climáticas globais tem levado a comunidade científica a buscar formas mais eficientes para estocar e diminuir o lançamento do composto para a atmosfera.
Um novo estudo realizado por pesquisadores do Laboratório de Química Orgânica Fina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Presidente Prudente, abre a perspectiva de desenvolvimento de tecnologias que possibilitem capturar quimicamente o gás atmosférico e convertê-lo em produtos que possam ser utilizados pela indústria química para substituir reagentes altamente tóxicos utilizados hoje para fabricação de compostos orgânicos usados como pesticidas e fármacos.
Derivadas de um projeto de pesquisa apoiado pela FAPESP por meio do Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes, as descobertas do trabalho, intitulado “Estudo da fixação e ativação da molécula de dióxido de carbono com bases nitrogenadas”, foram publicadas na revista Green Chemistry, da The Royal Society of Chemistry.
O estudo demonstrou, pela primeira vez, que uma molécula, denominada DBN (uma base orgânica nitrogenada), é capaz de capturar dióxido de carbono, formando compostos (carbamatos) que podem liberar CO2 seletivamente a temperaturas moderadas. Dessa forma, a molécula poderá ser utilizada como modelo para pesquisas sobre a captura seletiva de dióxido de carbono de diversas misturas de gases.
“Essa descoberta abre perspectivas sobre como poderemos fazer com que o composto resultante da ligação da DBN com o dióxido de carbono se forme em maior quantidade. Para isso, temos que estudar possíveis modificações em moléculas que apresentem semelhanças estruturais e funcionais com a DBN para que o composto seja mais eficiente”, disse Eduardo René Pérez González, principal autor do estudo, à Agência FAPESP.
De acordo com o professor da Unesp, já se sabia que a DBN é capaz de capturar dióxido de carbono na presença de água. Por esse processo, a molécula retira um hidrogênio da água, ganha uma carga positiva (próton) e gera íons hidroxílicos (negativos) que atacam o dióxido de carbono, formando bicarbonatos.
Até então, entretanto, não se tinha demonstrado que o composto também é capaz de capturar CO2, formando carbamato, por meio de uma ligação nitrogênio-carbono tipo uretano, que tem relação direta com um processo biológico em que 10% do dióxido de carbono do organismo humano é transportado por moléculas nitrogenadas.
Em função disso, o processo também poderia ser utilizado para o tratamento de determinadas doenças relacionadas com a quantidade de CO2 e seu transporte no organismo.
“Essa descoberta nos leva a pensar que também poderíamos utilizar esse trabalho para fins bioquímicos, tentando, por exemplo, melhorar esse processo para tratamento de doenças relacionadas à concentração de dióxido de carbono nas células e alguns tecidos, como o pulmonar”, disse González.
Já na área industrial, os carbamatos – como, por exemplo, poliuretanas – derivados da captura de dióxido de carbono pela molécula DBN poderiam substituir tecnologias que utilizam reagentes altamente tóxicos, como o fosgênio, para preparação de compostos orgânicos usados como pesticidas e fármacos e em outras aplicações industriais.
“A possibilidade de se utilizar o dióxido de carbono para construir ou sintetizar moléculas que contêm o agrupamento carbonílico, sem a necessidade de se usar fosgênio ou isocianatos, representaria uma grande vantagem”, disse o pesquisador. (Fonte: Elton Alisson/ Agência Fapesp)
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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

BRASIL EM FOCO - DIA DA AMAZÔNIA

Você sabia que existe um dia dedicado à Amazônia? É o dia 5 de setembro.
A Amazônia é a maior floresta tropical do planeta.
Ela ocupa um território muito extenso e tem uma variedade de animais, plantas e rios tão grande que ajuda a controlar o clima na terra.
Lá estão 50% de todas as espécies do planeta!

Estima-se que a região possui:
50 mil espécies de plantas
3 mil espécies de árvores
1.200 espécies de aves
320 espécies de mamíferos
3 mil espécies de peixes
400 espécies de anfíbios
300 espécies de répteis
10 milhões de espécies de insetos
Uma região tão importante assim para a natureza merecia mesmo ganhar um dia especial.
Parabéns Amazônia!
Fonte: www.smartkids.com.br

MUNDO EM FOCO - DIA OFICIAL DA FARMÁCIA



Em comemoração ao Dia da Farmácia, mostraremos algumas informações sobre o assunto no Brasil e no Mundo.
Com o Dia oficial da farmácia chegando, o Banco de Saúde resolveu fazer uma homenagem e procurou algumas informações interessantes sobre o assunto.
Um pouco de história
As atividades relacionadas à farmácia tiveram origem por volta do século X, com as boticas ou apotecas. Nesse período, a medicina e a farmácia eram uma só profissão. Era função do boticário conhecer e curar as doenças, mas ele deveria cumprir uma série de requisitos e ter local e equipamentos apropriados para a preparação e armazenamento dos medicamentos.
Com a propagação da lepra, Luís XIV, rei da França, amplia o número de farmácias hospitalares. E em 1777, Luís XV determina a substituição do termo apoticário por farmacêutico. No século XVIII, a profissão farmacêutica se separa da medicina e fica proibido ser médico e proprietário de botica. Mais adiante, em 1813, foi publicado o primeiro tratado de toxicologia, dando início à moderna farmacologia.
No Brasil, a profissão de boticário surgiu no período colonial. O boticário manipulava os produtos na frente do paciente e de acordo com a farmacopéia e a prescrição médica. Trazido de Portugal pelo governados geral, o primeiro boticário no Brasil foi Diogo de Castro. Isso só foi possível após a coroa portuguesa detectar que no Brasil, o acesso aos medicamentos só acontecia quando novas expedições apareciam com suas esquadras.
Com o tempo as boticas originaram dois novos tipos de estabelecimentos, a farmácia e o laboratório industrial farmacêutico. Na primeira Guerra Mundial, foi desenvolvida a terapia antimicrobiana, que significou avanços em quimioterapia, atibioticoterapia e imunoterapia. Isso tornou o fármaco um produto industrial, aliado às mudanças da sociedade de consumo e objeto de interesses econômicos e políticos.
A partir de 1950, a sociedade passa a dispor dos serviços das farmácias e da qualificação do farmacêutico.

Conselhos Federal e Regionais
Inspirados na Ordem dos Advogados do Brasil, OAB, os farmacêuticos decidiram criar os Conselhos Federal e Regionais de Farmácia. Muitas alterações foram feitas até que o projeto final foi sancionado com a Lei n°3820, de 11 de novembro de 1960, criando os Conselhos de Farmácia.
A criação de um órgão de fiscalização da ética e da disciplina dos que exercem atividades farmacêuticas era vista pelas lideranças como a salvação da profissão dos farmacêuticos. O fato de, na época, 60% dos farmacêuticos terem mais de 50 anos, associado à existência de apenas três faculdades de Farmácia no estado de São Paulo, levou à conclusão de que se alguma medida não fosse tomada a profissão de farmacêutico estaria ameaçada de morte.
Os primeiros passos para a composição e instalação do Conselho Federal de Farmácia, começaram em meados de 1961. A sede do CFF foi instalada em São Paulo e foram eleitos o primeiro Plenário e a primeira Diretoria. O CFF criou os primeiros dez Conselhos Regionais na sua Resolução n°02 e os nomeou numericamente.
A expectativa dos profissionais quanto ao futuro da profissão não poderia ser melhor. Vindos de todos os estados, farmacêuticos compareceram com seus documentos para requerem suas inscrições. Por falta de recursos financeiros, na época os Conselhos não contavam com a colaboração de ninguém, o Diretor do Serviço de Fiscalização do Exercício Profissional mandou inspetores divulgarem o fato por todas as farmácias do interior.
Desde então cabe aos Conselhos inscrever os profissionais, expedir as carteiras e cédulas de identidade profissional, registrar empresas, pessoas físicas ou jurídicas que explorem serviços que necessitem de profissionais farmacêuticos, examinarem reclamações e representações escritas acerca dos serviços de registro e das infrações, fiscalizar o exercício das atividades profissionais farmacêuticas e zelar pela integridade do âmbito profissional.
Campanhas de Educação em Saúde
Alguns Conselhos Regionais exercem campanhas de conscientização e aconselhamento da população a cerca de várias doenças. Além de ser um estímulo ao trabalho do farmacêutico como profissional e educados em saúde, proporciona uma maior esclarecimento à população.
Em sua maioria as campanhas têm como objetivo
Orientar sobre a detecção precoce de problemas relacionados ao tema proposto
Orientar sobre os meios de prevenção
Incentivar a atuação do farmacêutico em Educação para a Saúde
Incentivar na comunidade a visão das farmácias e drogarias como estabelecimentos de saúde, onde ele poderá buscar orientação de um profissional.
Fonte: www.bancodesaude.com.br

SAÚDE EM FOCO

Redução de fumo diminui mortalidade dentro de 6 meses, diz estudo

Um estudo britânico concluiu que restringir o fumo reduz rapidamente – dentro de até seis meses – os índices de mortalidade em indivíduos e populações.
Os especialistas Simon Capewell e Martin O’Flaherty, do Institute of Psychology, Health and Well-being da University of Liverpool, no oeste da Inglaterra, analisaram resultados de testes clínicos e experimentos naturais.
Seu estudo, publicado na revista científica “Lancet”, sugere também que melhorias na dieta têm efeito positivo para a saúde dentro de um a três anos.
“Nossa pesquisa concluiu que proibições ao fumo e melhorias na dieta reduzem de maneira rápida e poderosa doenças crônicas em indivíduos e na população em geral”, disse Capewell.
“Isso acontece rápido, dentro de um período de tempo bem menor do que se pensava. Dentro de meses e anos em vez de décadas”.
“Essa descoberta significa que políticas como proibições ao fumo ou reduções em gorduras saturadas são eficazes na melhoria da saúde”.
Essas políticas, diz o especialistas, podem trazer economias de milhões ao sistema nacional de saúde britânico, o NHS.
Investigação Global – A equipe estudou o efeito de políticas para a redução no fumo em vários países e concluiu que as medidas tiveram efeito rápido e positivo sobre índices de mortalidade e número de internações.
Na Escócia, por exemplo, leis cerceando o fumo em lugares públicos que entraram em vigor em 2006 reduziram em 17% o número de internações por síndrome coronária aguda e em 6% o número de mortes fora do hospital por problemas cardíacos.
Da mesma forma, quando leis antifumo foram adotadas na cidade americana de Helena, no Estado de Montana, um hospital local registrou, dentro de um período de seis meses, uma queda de 40% no número de internações de pacientes com síndrome coronária aguda.
Seis meses após a lei ter sido revogada, as internações retornaram aos índices anteriores.
Mudanças na dieta também tiveram um impacto rápido e positivo sobre índices de mortalidade por doenças do coração, segundo o estudo.
Índices de mortalidade por doenças cardíacas subiram continuamente no século 20, atingindo um pico na década de 1970 na Grã-Bretanha, Estados Unidos e Europa Ocidental.
Entretanto, uma análise mais aprofundada de tendências em cada país revelou uma queda no início da década de 1940. Ela foi atribuída a uma diminuição repentina na ingestão, pela população, de carne e gorduras animais em virtude de racionamentos de comida durante a Segunda Guerra Mundial.
Mais recentemente, um estudo sobre doenças coronárias na Polônia revelou que mortes por doenças cardíacas vinham aumentando continuamente.
A partir de 1990, no entanto, os índices caíram em 25% dentro de um curto período, após suspensões a subsídios para carne e gordura animal em países comunistas. Simultaneamente, o mercado foi inundado por óleos vegetais e frutas.
Pesquisas feitas em outros países da Europa central revelaram tendências similares. (Fonte: G1)
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COMPORTAMENTO EM FOCO - FILOSOFAR