quinta-feira, 23 de outubro de 2014

MEIO AMBIENTE EM FOCO

Inventor adolescente cria método para limpar lixo plástico dos oceanos

Boyan Slat é um jovem de 20 anos em uma missão ambiciosa – livrar os oceanos do planeta dos plásticos flutuantes.
Apesar da idade, ele já leva anos tentando encontrar maneiras de coletar esses resíduos – e sua técnica já convenceu entusiastas e patrocinadores dispostos a bancar seus projetos.
“Eu não entendo por que ‘obsessivo’ tem uma conotação negativa, mas eu sou obsessivo e gosto disso”, diz Slat. “Eu tenho uma ideia e vou em frente com ela.”
A ideia surgiu quando ele tinha 16 anos, em 2011, enquanto mergulhava na Grécia. “Eu vi mais sacos plásticos do que peixes”, diz. Ficou chocado, e ainda mais chocado ao notar que não havia nenhuma solução aparente.
“Todo mundo me disse: ‘Ah, não tem nada que você possa fazer com os plásticos depois que eles chegam aos oceanos’, e eu me perguntei se isso era verdade.”
Entre os últimos 30 e 40 anos, milhões de toneladas de plástico entraram nos oceanos. A produção mundial de plástico é de 288 milhões de toneladas por ano, das quais 10% acabam no oceano. A maioria – 80% – é proveniente de fontes terrestres.
O lixo é arrastado por ralos e esgotos e acaba nos rios – assim, aquele canudo de plástico ou cigarro que você jogou no chão podem acabar no mar.
O plástico é transportado por correntes para cinco sistemas de água rotativos, chamados de giros, nos grandes oceanos, sendo o mais famoso a enorme Mancha de Lixo do Pacífico, entre o Havaí e a Califórnia.
A concentração de plástico nestas áreas é alta e elas chegam a ser chamadas de sopa de plástico. A região abrange uma área duas vezes o tamanho do Texas. Além disso, o plástico não fica no mesmo lugar. Tudo isso faz com que a limpeza seja um grande desafio.
“Se você for lá para tentar limpar com navios levaria milhares de anos”, diz Slat. “Não só isso, seria muito custoso em termos de dinheiro e energia, e os peixes seriam acidentalmente capturados nas redes.”
Quebra-cabeças – Slat sempre gostou de encontrar soluções para quebra-cabeças e, ao refletir sobre este, pensou que, ao invés de ir atrás do plástico, por que não aproveitar as correntes e esperar que ele chegue até você?
Na escola, Slat desenvolveu sua ideia como parte de um projeto de ciências.
Uma série de barreiras flutuantes, ancoradas no leito do mar, primeiro capturariam e concentrariam os detritos flutuantes. O plástico se moveria ao longo das barreiras no sentido de uma plataforma, onde seria, então, extraído de forma eficiente.
A corrente oceânica passaria por baixo das barreiras, levando toda a vida marinha flutuante com ela. Não haveria emissões nem redes para a vida marinha se enroscar. O plástico coletado no oceano seria reciclado e transformado em produtos ou em óleo.
O projeto de ciências do ensino médio foi premiado como Melhor Projeto Técnico da Universidade de Tecnologia Delft. Para a maioria dos adolescentes, as coisas teriam ficado por ai, mas com Slat a coisa tinha de ser diferente.
Desde muito cedo, ele se interessou por engenharia. “Primeiro eu construí casas nas árvores… em seguida, coisas maiores”, diz. “Quando eu tinha 13 anos, estava muito interessado em foguetes.”
Slat ancançou um recorde mundial no Guinness pelo maior número de foguetes de água lançados ao mesmo tempo: 213. “A experiência me ensinou a como atrair o interesse das pessoas e como abordar de patrocinadores”, conta.
Quando Slat começou a estudar engenharia aeroespacial na Universidade de Delft, a ideia de limpar os oceanos seguia com ele. Ele criou uma fundação chamada The Ocean Cleanup (Limpeza de Oceano, em tradução literal) e explicou no evento TEDx seu conceito de como os oceanos poderiam se limpar.
Seis meses depois de entrar na faculdade, decidiu trancar o curso para tentar tornar seu projeto uma realidade.
Todo o dinheiro que ele tinha eram 200 euros (R$ 630). Os meses seguintes foram usados em busca de patrocínio.
“Foi muito desanimador porque ninguém estava interessado”, diz ele. “Eu lembro de um dia entrar em contato com 300 empresas para patrocínio – apenas uma respondeu, o que, também, resultou em nada.”
Mudança brusca – Mas então, em 26 de março de 2013, meses depois de ser publicada na internet, a fala de Slat no TEDx se tornou viral.
“Foi inacreditável”, diz ele. “De repente, tivemos centenas de milhares de pessoas clicando em nosso site todos os dias. Eu recebia cerca de 1.500 e-mails por dia na minha caixa de correio pessoal de pessoas se voluntariando para ajudar.”
Ele montou uma plataforma de financiamento coletivo que captou US$ 80 mil em 15 dias.
Slat ainda não sabe o que fez a sua ideia decolar dessa maneira, mas diz ter sido um grande alívio.
“Um ano atrás eu não tinha certeza de que seria bem-sucedido”, diz. “Mas, considerando o tamanho do problema, era importante pelo menos tentar.”
De acordo com o Programa de Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas, há, em média, 13 mil peças de plástico flutuantes por quilômetro quadrado de oceano. Muitas dessas partículas acabam sendo ingeridas acidentalmente pelos animais marinhos, que podem morrer de fome já que o plástico enche seus estômagos.
Albatrozes são particularmente vulneráveis porque se alimentam de ovos de peixe-voador, que estão ligados a objetos flutuantes. Tartarugas tendem a ser vítimas de sacos plásticos, que, quando imersos na água, são parecidos com água-viva.
Conhecimento e críticas – É uma situação grave – e, por isso, quando Slat apareceu com uma solução aparentemente simples, começou a fazer manchetes em todo o mundo. Poderia um adolescente salvar os oceanos do planeta?
Seu entusiasmo contagiou milhões de pessoas – mas, junto com as ofertas de ajuda e doações, vieram as críticas. Não daria certo, disseram alguns. Outros argumentaram que seria melhor coletar lixo de praias, onde os resíduos chegam levados pelas ondas.
“É da minha natureza que, quando as pessoas dizem que algo é impossível, eu queira provar que elas estão erradas”, diz Slat.
Depois de ter chamado a atenção do mundo, a primeira coisa que ele fez foi desaparecer de vista. Precisava de provas científicas para apoiar sua teoria e responder a seus críticos.
Slat reuniu uma equipe de cem pessoas, a maioria voluntários, que foram espalhados por todo o mundo. Durante os estudos, ele visitou a área conhecida como a Mancha de Lixo do Atlântico Norte, onde a plataforma deverá ser construída.
“Fiquei muito enjoado nos primeiros três dias. Havia ventos de 25-30 nós (40-55 km/h) e ondas de 3 metros de altura. Foi uma experiência e tanto”, diz ele.
Em junho, um mês antes do seu aniversário de 20 anos, Slat ressurgiu com um relatório de viabilidade de 530 páginas, cuja capa foi feita de plástico reciclado. O relatório, baseado em diversos testes e simulações de computadores e assinado por 70 cientistas e engenheiros, respondeu a muitas das dúvidas que foram levantadas.
Após o estudo, ele pôs em marcha uma nova campanha de financiamento, que rapidamente atingiu a meta de US$ 2 milhões. Isto irá financiar um piloto maior no próximo ano e Slat espera que a plataforma do Atlântico Norte possa se tornar realidade em 2020.
Mas, mesmo assim, nem todos estão convencidos da viabilidade da ideia.
Um problema é que o plástico não está apenas flutuando na superfície, mas é encontrado em toda o corpo de água, mesmo em sedimentos no fundo do oceano.
A pesquisadora marinha Kerry Howell, da Universidade de Plymouth, disse à BBC ter encontrado lixo nas partes mais profundas do oceano. “Você está indo para um lugar onde ninguém jamais esteve antes”, diz ela. “É como ir à Lua e encontrar um pacote de batata frita.”
As críticas, no entanto, não parecem desanimar Slat, que trabalha 15 horas por dia. “Faz tempo que não vejo meus amigos, eles tentam me encher o saco dizendo como é legar estar na universidade”, diz ele.
O jovem diz que sua idade não o atrapalhou, e que pode, inclusive, ser uma vantagem. “Eu não tinha nada a perder, exceto minha renda dos estudos, portanto, essa não era uma preocupação”, diz. “Se você quer fazer algo, faça o mais rápido possível.” (Fonte: G1)

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

BIOLOGIA EM FOCO

                                     COMO SURGIU O EBOLA
Os primeiros casos registrados de vítimas mortais do Ebola surgiram na África Central no ano de 1976, quando humanos foram contaminados através do contato com cadáveres de macacos.
Apesar de não se ter certeza da origem do Ebola, é conhecido que o vírus está presente em algumas espécies de morcegos que não desenvolvem a doença, mas que a conseguem transmitir. Assim, é possível que alguns animais, como o macaco ou o javali, comam frutas contaminadas com a saliva dos morcegos e, consequentemente, infectem os humanos ao consumir o javali contaminado como alimento, por exemplo.
Após a contaminação através dos animais, os humanos são capazes de transmitir entre si o vírus na saliva, no sangue e em outras secreções corporais, como sêmen ou suor.
Ebola não tem cura e, por isso, é muito importante evitar a transmissão do vírus de pessoa para pessoa através do internamento dos pacientes em isolamento e do uso de roupa de proteção especial.

Existem 5 tipos de Ebola

Existem 5 tipos de diferentes de Ebola, denominados de acordo com a região onde surgiram pela primeira vez, embora qualquer tipo de Ebola apresente alta taxa de mortalidade e provoque os mesmos sintomas nos pacientes.
Os 5 tipos de Ebola conhecidos são:
  • Ebola Zaire;
  • Ebola Bundibugyo;
  • Ebola Costa do Marfim;
  • Ebola Reston;
  • Ebola Sudão.
Quando um indivíduo é contaminado com um tipo de vírus Ebola e sobrevive, passa a estar imune contra essa estirpe do vírus, no entanto não está imune aos outros quatro tipos, podendo contrair Ebola novamente.

Como acontece a transmissão do Ebola

A transmissão do Ebola ocorre através do contato direto com sangue, saliva, lágrima, suor ou sêmen de pacientes e animais infectados, mesmo após a sua morte.
Além disso, a transmissão do Ebola também pode acontecer quando o paciente espirra ou tosse sem proteger a boca e o nariz, no entanto, ao contrário da gripe, é necessário estar muito próximo do paciente para pegar a doença.
Normalmente, indivíduos que estiveram em contato com um paciente do Ebola devem ser vigiados durante 3 semanas através da medição da temperatura corporal, 2 vezes por dia e, caso apresentem febre acima de 38,3º, devem ser internados para iniciar o tratamento.

Como se proteger do Ebola

Para se proteger do Ebola, o que se deve fazer é evitar o contato com os pacientes e animais infectados, utilizar roupa especial de proteção com máscara, jaleco, óculos e luvas, por exemplo, assim como lavar frequentemente as mãos e evitar frequentar locais públicos com muita gente.
Os primeiros casos registrados de vítimas mortais do Ebola surgiram na África Central no ano de 1976, quando humanos foram contaminados através do contato com cadáveres de macacos.
Apesar de não se ter certeza da origem do Ebola, é conhecido que o vírus está presente em algumas espécies de morcegos que não desenvolvem a doença, mas que a conseguem transmitir. Assim, é possível que alguns animais, como o macaco ou o javali, comam frutas contaminadas com a saliva dos morcegos e, consequentemente, infectem os humanos ao consumir o javali contaminado como alimento, por exemplo.
Após a contaminação através dos animais, os humanos são capazes de transmitir entre si o vírus na saliva, no sangue e em outras secreções corporais, como sêmen ou suor.
Ebola não tem cura e, por isso, é muito importante evitar a transmissão do vírus de pessoa para pessoa através do internamento dos pacientes em isolamento e do uso de roupa de proteção especial.

Existem 5 tipos de Ebola

Existem 5 tipos de diferentes de Ebola, denominados de acordo com a região onde surgiram pela primeira vez, embora qualquer tipo de Ebola apresente alta taxa de mortalidade e provoque os mesmos sintomas nos pacientes.
Os 5 tipos de Ebola conhecidos são:
  • Ebola Zaire;
  • Ebola Bundibugyo;
  • Ebola Costa do Marfim;
  • Ebola Reston;
  • Ebola Sudão.
Quando um indivíduo é contaminado com um tipo de vírus Ebola e sobrevive, passa a estar imune contra essa estirpe do vírus, no entanto não está imune aos outros quatro tipos, podendo contrair Ebola novamente.

Como acontece a transmissão do Ebola

A transmissão do Ebola ocorre através do contato direto com sangue, saliva, lágrima, suor ou sêmen de pacientes e animais infectados, mesmo após a sua morte.
Além disso, a transmissão do Ebola também pode acontecer quando o paciente espirra ou tosse sem proteger a boca e o nariz, no entanto, ao contrário da gripe, é necessário estar muito próximo do paciente para pegar a doença.
Normalmente, indivíduos que estiveram em contato com um paciente do Ebola devem ser vigiados durante 3 semanas através da medição da temperatura corporal, 2 vezes por dia e, caso apresentem febre acima de 38,3º, devem ser internados para iniciar o tratamento.

Como se proteger do Ebola

Para se proteger do Ebola, o que se deve fazer é evitar o contato com os pacientes e animais infectados, utilizar roupa especial de proteção com máscara, jaleco, óculos e luvas, por exemplo, assim como lavar frequentemente as mãos e evitar frequentar locais públicos com muita gente.Os primeiros casos registrados de vítimas mortais do Ebola surgiram na África Central no ano de 1976, quando humanos foram contaminados através do contato com cadáveres de macacos.
Apesar de não se ter certeza da origem do Ebola, é conhecido que o vírus está presente em algumas espécies de morcegos que não desenvolvem a doença, mas que a conseguem transmitir. Assim, é possível que alguns animais, como o macaco ou o javali, comam frutas contaminadas com a saliva dos morcegos e, consequentemente, infectem os humanos ao consumir o javali contaminado como alimento, por exemplo.
Após a contaminação através dos animais, os humanos são capazes de transmitir entre si o vírus na saliva, no sangue e em outras secreções corporais, como sêmen ou suor.
Ebola não tem cura e, por isso, é muito importante evitar a transmissão do vírus de pessoa para pessoa através do internamento dos pacientes em isolamento e do uso de roupa de proteção especial.

Existem 5 tipos de Ebola

Existem 5 tipos de diferentes de Ebola, denominados de acordo com a região onde surgiram pela primeira vez, embora qualquer tipo de Ebola apresente alta taxa de mortalidade e provoque os mesmos sintomas nos pacientes.
Os 5 tipos de Ebola conhecidos são:
  • Ebola Zaire;
  • Ebola Bundibugyo;
  • Ebola Costa do Marfim;
  • Ebola Reston;
  • Ebola Sudão.
Quando um indivíduo é contaminado com um tipo de vírus Ebola e sobrevive, passa a estar imune contra essa estirpe do vírus, no entanto não está imune aos outros quatro tipos, podendo contrair Ebola novamente.

Como acontece a transmissão do Ebola

A transmissão do Ebola ocorre através do contato direto com sangue, saliva, lágrima, suor ou sêmen de pacientes e animais infectados, mesmo após a sua morte.
Além disso, a transmissão do Ebola também pode acontecer quando o paciente espirra ou tosse sem proteger a boca e o nariz, no entanto, ao contrário da gripe, é necessário estar muito próximo do paciente para pegar a doença.
Normalmente, indivíduos que estiveram em contato com um paciente do Ebola devem ser vigiados durante 3 semanas através da medição da temperatura corporal, 2 vezes por dia e, caso apresentem febre acima de 38,3º, devem ser internados para iniciar o tratamento.

Como se proteger do Ebola

Para se proteger do Ebola, o que se deve fazer é evitar o contato com os pacientes e animais infectados, utilizar roupa especial de proteção com máscara, jaleco, óculos e luvas, por exemplo, assim como lavar frequentemente as mãos e evitar frequentar locais públicos com muita gente.Os primeiros casos registrados de vítimas mortais do Ebola surgiram na África Central no ano de 1976, quando humanos foram contaminados através do contato com cadáveres de macacos.
Apesar de não se ter certeza da origem do Ebola, é conhecido que o vírus está presente em algumas espécies de morcegos que não desenvolvem a doença, mas que a conseguem transmitir. Assim, é possível que alguns animais, como o macaco ou o javali, comam frutas contaminadas com a saliva dos morcegos e, consequentemente, infectem os humanos ao consumir o javali contaminado como alimento, por exemplo.
Após a contaminação através dos animais, os humanos são capazes de transmitir entre si o vírus na saliva, no sangue e em outras secreções corporais, como sêmen ou suor.
Ebola não tem cura e, por isso, é muito importante evitar a transmissão do vírus de pessoa para pessoa através do internamento dos pacientes em isolamento e do uso de roupa de proteção especial.

Existem 5 tipos de Ebola

Existem 5 tipos de diferentes de Ebola, denominados de acordo com a região onde surgiram pela primeira vez, embora qualquer tipo de Ebola apresente alta taxa de mortalidade e provoque os mesmos sintomas nos pacientes.
Os 5 tipos de Ebola conhecidos são:
  • Ebola Zaire;
  • Ebola Bundibugyo;
  • Ebola Costa do Marfim;
  • Ebola Reston;
  • Ebola Sudão.
Quando um indivíduo é contaminado com um tipo de vírus Ebola e sobrevive, passa a estar imune contra essa estirpe do vírus, no entanto não está imune aos outros quatro tipos, podendo contrair Ebola novamente.

Como acontece a transmissão do Ebola

A transmissão do Ebola ocorre através do contato direto com sangue, saliva, lágrima, suor ou sêmen de pacientes e animais infectados, mesmo após a sua morte.
Além disso, a transmissão do Ebola também pode acontecer quando o paciente espirra ou tosse sem proteger a boca e o nariz, no entanto, ao contrário da gripe, é necessário estar muito próximo do paciente para pegar a doença.
Normalmente, indivíduos que estiveram em contato com um paciente do Ebola devem ser vigiados durante 3 semanas através da medição da temperatura corporal, 2 vezes por dia e, caso apresentem febre acima de 38,3º, devem ser internados para iniciar o tratamento.

Como se proteger do Ebola

Para se proteger do Ebola, o que se deve fazer é evitar o contato com os pacientes e animais infectados, utilizar roupa especial de proteção com máscara, jaleco, óculos e luvas, por exemplo, assim como lavar frequentemente as mãos e evitar frequentar locais públicos com muita gente.
Tua Saúde

BIOLOGIA EM FOCO

                                         EBOLA

O que é:

O vírus Ebola causador da Febre Hemorrágica Ebola é uma doença grave com alta taxa de mortalidade.
O vírus é transmitido através do contato com sangue, vômito, urina, fezes e secreções íntimas da pessoa infectada ou através do consumo da carne de animais infectados, como morcegos frutíferos e 'carnes de caça.
O Ebola provoca sintomas como febre alta, vômitos e diarreia com progressão para hemorragia interna e falência múltipla dos órgãos. Esta doença ainda não tem cura, nem uma vacina específica, sendo mais frequente na África devido a seus costumes, crenças, hábitos alimentares e também devido ao fraco sistema de saúde destes países.

Sintomas do vírus Ebola

Primeiros sintomas

Os primeiros sintomas do vírus Ebola podem demorar de 2 a 21 dias para surgir após a contaminação e incluem:
  • Febre acima de 38,3ºC;
  • Enjôos;
  • Dor de garganta;
  • Tosse;
  • Cansaço excessivo e
  • Fortes dores de cabeça.

Sintomas posteriores

Após 1 semana os sintomas podem se agravar:
  • Vômito (que pode conter sangue);
  • Diarreia (que pode conter sangue);
  • Garganta inflamada;
  • Hemorragias que levam ao sangramento pelo nariz, ouvido, boca ou região íntima;
  • Manchas ou bolhas de sangue na pele;
  • Alterações cerebrais e possível coma.
Quando existe suspeita de infecção pelo Ebola, o indivíduo deve mantido sob observação e a sua temperatura corporal deve ser avaliada, no mínimo, 4 vezes por dia, durante 21 dias. Se nesse período apresentar febre superior a 38,3º, deve-se realizar testes para confirmar a infecção pelo Ebola.

Como se transmite o vírus Ebola

A transmissão do vírus Ebola ocorre através do contato direto com qualquer fluido corporal como sangue, saliva, vomito, urina, fezes, sêmen ou secreção vaginal de pessoas infectadas, mesmo depois de mortas. Manipular ou ingerir carne de animais infectados também é uma forma de transmissão do Ebola.
O indivíduos que tem mais risco de ser contaminado pelo Ebola são os familiares mais próximos dos infectados, como pais, filhos e cônjuges, e também profissionais de saúde como médicos e enfermeiros, que estão em contato direto com estes pacientes. No entanto qualquer pessoa que esteja em contato com as secreções de um infectado pode ficar doente.

Medidas de Prevenção do vírus Ebola

As medidas de prevenção do vírus Ebola são:
  • Lavar as mãos com água e sabão várias vezes ao dia;
  • Ficar afastado dos doentes com Ebola e também dos mortos pelo Ebola porque eles também podem transmitir a doença;
  • Não comer 'carne de caça' e morcegos porque elas podem estar contaminadas com o vírus, pois são reservatórios naturais;
  • Não tocar nos fluidos corporais de um infectado, como sangue, vômito, fezes ou diarreia, urina, secreções da tosse e espirros e das partes íntimas;
  • Usar luvas, roupa de borracha e máscara quando entrar em contato com um contaminado, não tocando nesta pessoa e desinfetar todo este material após o uso;
  • Queimar todas as roupas da pessoa que morreu por causa do Ébola.
Como a infecção com o Ebola pode demorar até 21 dias para ser descoberta, durante um surto de Ebola recomenda-se evitar viajar para os locais afetados e também locais que fazem fronteiras com estes países. Uma outra medida que pode ser útil é evitar locais públicos com grandes concentrações de pessoas, porque nem sempre se sabe quem pode estar infectado e a transmissão do vírus é fácil.

O que fazer se ficar doente com Ebola

O que se recomenda fazer em caso de infecção pelo Ebola é manter a distância de todas as pessoas e procurar um centro de tratamento o mais rápido possível porque quanto antes o tratamento for iniciado, maiores são as chances de recuperação. Tenha especial cuidado com seu vômito e diarreia.

Como tratar o Ebola

O tratamento para o vírus Ebola consiste em manter o paciente hidratado e alimentado, mas não existe um tratamento específico que seja capaz de curar o Ebola. Os pacientes infectados são mantidos em isolamento no hospital para manter a hidratação e controlar infecções que possam surgir, diminuir os vômitos e também para evitar a transmissão da doença para outros.
Pesquisadores estão estudando como criar um medicamento que possa curar o Ebola e também uma vacina que possa prevenir o Ebola, mas apesar dos avanços científicos, eles ainda não foram aprovados para serem usados em humanos.

 (Médico)

Tua Saúde

sábado, 20 de setembro de 2014

COMPORTAMENTO EM FOCO

A dificil questão do suicídio
com informações da ENSp
19/09/2014
Individualismo
A OMS divulgou dados do primeiro Relatório Global para Prevenção do Suicídio, revelando que mais de 800 mil pessoas dão fim à própria vida todos os anos no mundo.
O Brasil é o oitavo país nas Américas em número de suicídios. "Tem havido um crescimento expressivo do suicídio no mundo inteiro. No Brasil, a taxa é alarmante porque não se falava abertamente nisso, mas se sabia do problema", afirmou o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública, Paulo Amarante.
"O mito de que o Brasil é um país alegre não é real. Na verdade, o que está acontecendo é um processo muito grande de individualismo, de disputa, de competitividade e tudo tem a ver, estruturalmente, com as ideias de suicídio. As pessoas se sentem sós em cidades grandes", ressaltou.
Ainda de acordo com a OMS, o suicídio é um grande problema de saúde pública e cerca de 75% dos casos ocorrem em países de baixa e média renda.
Tabu
O relatório aponta que o envenenamento, o enforcamento e o uso de armas de fogo são os métodos mais comuns de suicídio global.
"Apenas 28 países são conhecidos por ter estratégias nacionais de prevenção do suicídio", diz o alerta da OMS.
O levantamento diz ainda que a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio e o tabu em torno deste tipo de morte impede que famílias e governos abordem a questão abertamente e de forma eficaz. A mortalidade de pessoas com idade entre 70 anos ou mais é maior, de acordo com a pesquisa.
Nos triênios de 1997-2000 e 2003-2006, 3.039 municípios brasileiros tiveram registros e casos de suicídio de pessoas com mais de 60 anos. Isso corresponde a 54,6% do total de municípios.
De 1980 a 2008, as taxas de suicídio na população geral no país passaram de 4,0 em cada 100 mil habitantes para 4,8. Esses índices foram mais ou menos constantes e demonstram uma leve tendência de crescimento. No entanto, o país se mantém entre os que têm menores taxas, segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Tal crescimento suave - porém consistente - se deve, sobretudo ao aumento das mortes autoinfligidas na população masculina de todas as idades e, especialmente, na população acima de 60 anos.
Dos 50 municípios brasileiros com os índices mais elevados de mortes autoprovocadas entre pessoas acima de 60 anos, 90% estão no Sul. O Norte é a região que apresenta as menores taxas. Constatou-se também que os idosos morrem principalmente em suas próprias residências (51%).
Suicídios e homicídios
Para Maria Cecília Minayo, o elevado número de pessoas que cometem suicídio no mundo pode assustar porque no Brasil e na América Latina como um todo, a violência que mais mata são os homicídios, mas, no mundo, a violência que mais mata são os suicídios, estando entre as 10 principais causas de óbito, tendo aumentado 60% nos últimos 50 anos.
"A OMS publicou um manual de prevenção (Prevenção do suicídio: um manual para profissionais da Saúde em Atenção Primária) importante e feito de forma simples e acessível tanto aos profissionais de saúde como à população. Outros dois materiais também produzidos pela Organização são o manual para atendimento clínico e à mídia, mostrando como se comportar em casos de suicídio. Além disso, o Ministério da Saúde brasileiro também tem produzido orientações tanto para familiares de pessoas em risco como para profissionais, com ênfase nos profissionais de saúde mental", concluiu a pesquisadora.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

BIOLOGIA EM FOCO

Q

05/09/2014

Conheças as vitaminas E e K

Com informações do Ministério da Saúde
Quantidades saudáveis de vitaminas E e K podem ser adquiridas por uma alimentação equilibrada.
Vitamina E
Ela pertence ao grupo de vitaminas lipossolúveis, ou seja, solúveis em gordura, e tem como principal função agir de forma antioxidante, protegendo a vitamina A da oxidação, constituindo um dos principais mecanismos de defesa interna do organismo.
A vitamina E é o principal antioxidante da membrana celular, e age inibindo a ação de radicais livres.
Recomenda-se que o nutriente seja obtido principalmente pela alimentação, e não por suplementos.
A vitamina E é um componente dos óleos vegetais encontrada na natureza, como em óleos de trigo, algodão, milho e girassol, e também na gema de ovo, folhas verdes, nozes, amêndoas e avelã.
Em dietas equilibradas, a deficiência de vitamina E é rara, devido à abundância de tocoferóis nos alimentos, especialmente nos óleos e gorduras. No entanto, a deficiência pode ocorrer em fumantes e, também quando há problemas de saúde em relação à absorção de gordura, como na fibrose cística e na síndrome do intestino curto.
Vitamina K
A vitamina K é um composto solúvel em gordura que desempenha papel importante na coagulação do sangue.
Seu nome deriva da palavra alemã "koagulation" (coagulação). A vitamina K também participa da manutenção do esqueleto atuando diretamente na mineralização óssea.
A deficiência de vitamina K exclusivamente por problemas com a dieta é incomum, porém ocorre em pacientes hospitalizados e com redução de apetite. Sua deficiência pode acarretar quadros hemorrágicos
Parte da vitamina K que o organismo precisa é produzida na microflora do nosso intestino. O restante deve vir da alimentação.
Os melhores alimentos para obter a essa vitamina são os vegetais de folhas verdes, como espinafre, brócolis, couve e rúcula, ovos, farelo de trigo e óleos como o de soja e canola.
Conheças as vitaminas E e K
[Imagem: Ministério da Saúde]
Uma alimentação saudável é fundamental para garantir a saúde do organismo como um todo. Uma dieta balanceada e nutritiva deve ser estimulada para que o organismo possa receber todos os nutrientes que nosso corpo precisa para se manter saudável.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

COMPORTAMENTO EM FOCO

   

                          RACISMO NO BRASIL

O racismo é qualquer pensamento ou atitude que separam as raças humanas por considerarem algumas superiores a outras.
Quando se fala de racismo, o primeiro pensamento que aparece na mente das pessoas é contra os negros, mas o racismo é um preconceito baseado na diferença de raças das pessoas.
Pode ser contra negros, asiáticos, índios, mulatos, e até com brancos, por parte de outras raças. Por terem uma história mais sofrida com o preconceito, os negros são principal referência quando é discutido o tema racismo.
O racismo em uma pessoa tem diversas origens, depende da história de cada um. Em alguns casos, pode ser por crescerem ouvindo as diferenças e superioridade de determinadas raças, em outros, alguma atitude que moldou seu pensamento. Não importa como o racismo cresceu na mente das pessoas, mas vale ressaltar que se ele for provado, é um crime inafiançável, com pena de até 3 anos de prisão.
Além disso, algumas pessoas valorizam tanto a superioridade de raças que acreditam na purificação delas, onde dominariam o meio em que vivem. Essa justificativa apareceu na escravidão, em que os negros trabalhavam em condições precárias e eram vendidos como objetos. No nazismo, o foco principal eram os judeus, mas também perseguiam negros, homossexuais, entre outras minorias, para serem executados nos campos de concentração.
Com isso, percebe-se como o racismo fez parte da história, e como alguns grupos sofreram muito com isso.
Embora no Brasil haja uma forte mistura de raças, a incidência de racismo pode não ser tão evidente para alguns, mas ele não deixa de existir. Em alguns casos, ele ocorre de forma sutil, em que nem é percebido pelass pessoas.
Pode acontecer em forma de piadas, xingamentos, ou simplesmente evitar o contato físico com a pessoa. A verdade é que nenhum lugar está protegido do racismo.

Recorte do texto do http://racismo-no-brasil.info/



                                                                    Foto da internet

BIOLOGIA EM FOCO



 É o meu dia e tenho muito orgulho de ser BIÓLOGA. 

 Parabéns a todos os biólogos do planeta!

Estudamos a vida em toda sua diversidade grandiosa nesta

 casa planetária. 

" Toda forma de "Vida" vale a pena" 

"Toda forma de vida vale amar"
Míriam


terça-feira, 2 de setembro de 2014

BIOLOGIA E ANTROPOLOGIA EM FOCO

Nem branca, nem negra, amarela ou vermelha. Na face da Terra existe uma única raça: a humana. Todos nós fazemos parte dela




 ...

A evolução
No século 18, o botânico sueco Carl von Linné criou o sistema de classificação dos seres vivos – ainda hoje utilizado – e estabeleceu o nome científico deHomo sapiens para a espécie humana. Mas, sem contrariar o pensamento dominante na época, dividiu a humanidade em subespécies de acordo com a cor da pele, o tipo físico e pretensos traços de caráter: os vermelhos americanos, “geniosos, despreocupados e livres”; os amarelos asiáticos, “severos e ambiciosos”; os negros africanos, “ardilosos e irrefletidos”; e os brancos europeus, “ativos, inteligentes e engenhosos”. Essa classificação da diversidade humana em “grandes raças” não só foi totalmente aceita como também serviu de base para classificações futuras, que alteravam a de Linné e oscilavam entre uma variedade que ia de três a 400 raças.
No século 19, as descobertas arqueológicas destruíram explicações simplistas para a origem do homem na Terra, a origem do planeta que habitamos. Em A origem das espécies, Charles Darwin formulou a teoria da mutação das espécies. Observou que, por meio da mutação, as espécies se adaptam ao meio natural, geram criaturas
diferentes de si mesmas e dão origem a novas espécies. Concluiu, então, que algumas espécies se extinguiam dando lugar a outras: esse processo seria o da seleção natural. Mais tarde, Darwin estendeu essa teoria para o surgimento do homem, classificando-o como descendente dos antropóides. A comunidade científica e outros setores da sociedade opuseram-se a essa conclusão, pois não podiam admitir que o homem branco, “superior”, descendesse de macacos. Na verdade, sabe-se hoje que o homem é parente do macaco e não seu descendente. As descobertas de Darwin foram muito importantes, mas não definitivas, pois as pesquisas continuam, lançando sempre novas luzes sobre as origens do homem.


A expansão



O homem começou a se diversificar muito cedo, lá pelos 2,5 milhões de anos, quando saiu de seu lugar de nascimento, a África oriental. Ele se propagou através de todo o mundo antigo, isto é, África, Europa e Ásia. Mas as glaciações produziram dois isolados pontos geográficos: a Europa, na qual o norte foi inteiramente recoberto por glaciares; e a Indonésia, que era unida ao continente asiático e dele foi separada no final das glaciações. Esses dois isolamentos levaram a um “derivado genético” e moldaram dois grupos: oPitecantropo na Indonésia e o homem de Neandertal na Europa, muito diferentes anatomicamente de nosso ancestral, o homem moderno que já vivia algures. Este, o Homo sapiens sapiens, há 500 mil anos expandiu suas fronteiras em todas as direções, a partir de uma segunda onda de povoamento na Europa, na Ásia, na Austrália e na América.
Segundo o paleontólogo Yves Coppens, diretor do Laboratório de Antropologia do Museu de História Natural de Paris, “o Neandertal e nosso ancestral, o Cro-Magnon, ao que se sabe constituíram na Europa duas raças distintas. Mas ainda não sabemos se essas populações se ‘inter-fecundaram’, isto é, se geraram descendência fecunda. Também não sabemos se o homem deNeandertal, desaparecido há uns 30 mil anos, como o pitecantropo indonésio, se fundiu com a população de Homo sapiens, ou se extinguiu.”
Para o paleontólogo, “talvez seja essa a única questão sobre raça que hoje interessa à ciência. Em um século de descobertas, vimos se delinearem outras fronteiras no seio da humanidade. Se retomarmos o sentido zoológico do termo – uma subespécie diferenciada mas que se ‘inter-fecunda’ com outras subespécies –, não existe na superfície da terra senão uma única ‘raça’ humana conhecida, a do Homo sapiens sapiens.”

Uma só espécie

Dizer, hoje em dia, que existem raças humanas, implica em demonstrar a existência de grupos distintos, possuidores de traços “comuns” entre si e de particularidades que não se encontraram em nenhum outro grupo. É claro que entre um senegalês, um cambojano e um italiano existem, evidentemente, diferenças físicas visíveis: cor da pele e dos olhos, tamanho, textura dos cabelos etc. Mas hoje em dia já sabemos que o patrimônio genético dos três é extremamente próximo. A descoberta dos grupos sanguíneos, da variação das enzimas, das sequências de DNA, dos anticorpos e tantas outras, puseram em evidencia o parentesco dos homens entre si, assim como sua extraordinária diversidade. Uma combinação de genes, frequente numa população e rara em outra, é, assim mesmo, potencialmente presente em toda parte.                   A comprovação se deu em 2002, quando uma equipe de sete pesquisadores dos Estados Unidos, França e Rússia comparou 377 partes do DNA de 1056 pessoas originárias de 52 populações de todos os continentes. O resultado mostrou que entre 93% e 95% da diferença genética entre os humanos é encontrada nos indivíduos de um mesmo grupo e a diversidade entre as populações é responsável por 3% a 5%. Ou seja, dependendo do caso, o genoma de um africano pode ter mais semelhanças com o de um norueguês do que com alguém de sua própria cidade na África! O estudo também mostrou que não existem genes exclusivos de uma população, nem grupos em que todos os membros tenham a mesma variação genética.



Muitas diferenças

Na sua longa evolução até atingir a sua forma humana final, nosso ancestral foi se adaptando fisicamente às condições ambientais. Perdeu os pelos do corpo, provavelmente há pouco menos de 2 milhões anos, por que começou a fazer longas caminhadas e precisava esfriar o corpo. Sem pelo, ficou com o corpo exposto e as células que produziam melanina se espalharam por toda a pele. A mudança na coloração da pele foi descoberta em 1991pela antropóloga Nina Joblonski, da Academia de Ciências da Califórnia, Estados Unidos, ao encontrar estudos que mostravam que pessoas de pele clara expostas à forte luz solar tinham níveis muito baixos de folato. Como a deficiência dessa substância em mulheres grávidas pode levar a graves problemas de coluna em seus filhos, e como o folato é essencial em atividades que envolvam a proliferação rápida de células, tais como a produção de espermatozóides, a antropóloga concluiu que nos ambientes próximos à linha do Equador, a pele negra era uma boa forma de manter o nível de folato no corpo, garantindo assim a descendência sadia. Para provar suas teorias a respeito de cor da pele, Nina Joblonski usou um satélite da NASA e criou um mapa de padrões de radiação ultravioleta em nosso planeta, mostrando que o homem evoluiu com diferentes cores de pele para se adaptar aos diferentes meio-ambientes.
Assim, o homem saiu da África e chegou à Ásia, e de lá foi para a Oceania, a Europa e por fim para a América. Nas regiões menos ensolaradas, a pele negra começou a bloquear demais os raios ultravioleta, sabidamente nocivo mas essencial para a formação da vitamina D, necessária para manter o sistema imunológico e desenvolver os ossos. Por isso, as populações que migraram para regiões menos ensolaradas desenvolveram uma pele mais clara para aumentar a absorção de raios ultravioleta. Portanto, a diferença de coloração da pele, da mais clara até a mais escura, indicaria simplesmente que a evolução do homem procurou encontrar uma forma de regular nutrientes.
Ao se espalhar pelo mundo, os humanos só tinham uma arma para enfrentar uma grande variedade de ambientes: sua aparência. Para enfrentar o calor excessivo, a altura ajuda a evaporar o suor, como é o caso dos quenianos. O cabelo encarapinhado ajuda a reter o suor no couro cabeludo e a resfriá-lo; o oposto vale para as populações das regiões mais frias do planeta. O corpo e a cabeça dos mongóis, que se desenvolveram por lá, tendem a ser arredondados para guardar calor, o nariz, pequeno para não congelar, com narinas estreitas para aquecer o ar que chega aos pulmões, e os olhos, alongados e protegidos do vento por dobras de pele.
Cada um de nós é único, e sabemos disso por que podemos identificar perfeitamente um indivíduo por seu código genético, a não ser que tenha um gêmeo idêntico. Mas, em se tratando de grupos, sabe-se que as diferenças não escondem diferenças genéticas. As populações da África Central e da Papua-Nova Guiné, parecidos fisicamente, pois viveram no mesmo tipo de meio ambiente, tem os patrimônios genéticos mais diferenciados no mundo.
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28 DE DEZEMBRO DE 2012 ÀS 17:59



             E VOCÊ, TEM RAÇA?