segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

COMPORTAMENTO EM FOCO

Quem manda em casa: pais ou filho?

Escrito por Jorge Lordello Sex, 22 de Julho de 2011 20:59

O filho roqueiro, de 16 anos, de um pastor da igreja, queria muito dirigir o carro do pai. Esperou o melhor momento e fez o pedido, alegando que os genitores de seus colegas de escola permitiam breves passeios. Depois de refletir, o religioso responde: "Filho, vamos fazer o seguinte: você melhora suas notas na escola, estuda a Bíblia todos os dias e corta esses cabelos, que estão muito compridos, aí voltamos a  conversar sobre esse assunto".

Um mês depois, o rapaz volta a cobrar se pode dar uma voltinha de carro. O pastor, serenamente, comenta: "Filho, estou realmente orgulhoso de você, pois dobrou suas notas no colégio e tem estudado com afinco a palavra de Deus, mas reparei que não cortou os cabelos!" O rapaz retruca, apresentando ótimo argumento: "Papai, lendo a Bíblia fiquei intrigado, pois Sansão usava cabelos longos e Noé também. Até Jesus tinha cabelos compridos! E sei que todos eram boas pessoas". O genitor concluiu: "Puxa, meu garoto, você tem toda razão, e olha...todos eles andavam muito a pé". O jovem, meio sem jeito, baixou a cabeça, pegou os livros e foi para a escola.

É comum filhos fazerem pedidos complicados e, até, muitas vezes, absurdos e contrários a lei. Costumam alegar que os amiguinhos tiveram as vontades atendidas pela família. Nessas ocasiões devemos ser firmes e mostrar que tudo tem sua hora na vida.

Quando falamos a palavra "não" a um filho, devemos mantê-la até o final. O problema é que muitos pais dizem "não" e em seguida, quando o filho apresenta recurso, tentando alterar a sentença negatória, recuam. Os artifícios podem ser choro, grito, cara feia e tantos outros, sempre objetivando que o responsável altere, rapidamente, a "sentença", permitindo a realização do desejo infantil ou juvenil.

O mesmo acontece quando, por exemplo, uma mãe aplica castigo ao filho: "Você vai ficar 3 dias sem sair de casa e não poderá brincar com seus amiguinhos". Naquele momento o garotinho pensa: "Qual estratégia usarei para dobrar mamãe?". A arma que mais oferece resultados é o sentimentalismo. O segredo é apelar para emoção.

Por algumas horas a mulher resiste, mas em dado momento joga a toalha, finge esquecer que tinha aplicado pena disciplinar. O garoto sai vitorioso; mais do que isso, aprende o "caminho das pedras" para dobrar a mãe quando bem entender. Talvez um dos piores equívocos cometidos por pais é falar a palavra "não" a um filho e reverter a decisão em seguida, sem esperar o tempo adequado. Aí, o filho raciocina que o "não" na verdade é um belíssimo "fique a vontade, faça o que quiser".

Portanto, antes de negar algum pedido ou determinar certa punição, reflita antes se conseguirá fazer cumprir sua vontade. Não exagere, evite ser radical e procure sempre o diálogo, mas quando tomar uma decisão, lembre-se de não voltar atrás, para não virar "jurisprudência".
E-MAIL ENVIADO POR DORIS DAY

COMPORTAMENTO EM FOCO - DIA DA SAUDADE

Saudade - Crônica de Miguel Falabella

Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade de um filho que estuda fora.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada; se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial; se ela aprendeu a estacionar entre dois carros; se ele continua preferindo Malzbier; se ela continua preferindo Margarita; se ela continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados; se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor; se ela continua cantando tão bem; se ela continua detestando o Mc Donald's. Se ele continua amando; se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos;
Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento;
Não saber como frear as lágrimas diante de uma música;
Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer;
Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...
Fonte: www.spectrumgothic.com.br

domingo, 29 de janeiro de 2012

BIOLOGIA E SAÚDE EM FOCO


-NETSes_dta.gif (1703 bytes) Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
Coordenadoria dos Institutos de Pesquisa - CIP
DTAACve_dta.gif (1110 bytes) Centro de Vigilância Epidemiológica - CVE
Centro de Vigilância Sanitária - CVS
Instituto Adolfo Lutz - IAL
Instituto de Infectologia Emílio Ribas - IIER



MANUAL DAS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS E ÁGUA
Rotavírus

1. Descrição da doença - a infecção pelo rotavírus varia de um quadro leve, com diarréia aquosa e duração limitada à quadros graves com desidratação, febre e vômitos, podendo evoluir a óbito. Praticamente todas as crianças se infectam nos primeiros 3 a 5 anos de vida, mesmo nos países em desenvolvimento, mas os casos graves ocorrem principalmente na faixa etária de 3 a 35 meses. No Brasil, e também em São Paulo, os dados relativos à incidência são bastante limitados.
Nos Estados Unidos, é a principal causa de diarréia grave. Estima-se que essa doença seja responsável por 5 a 10% de todos os episódios diarreicos em crianças menores de 5 anos. Também aparece como causa freqüente de hospitalização, atendimentos de emergência e consultas médicas, sendo responsável por consideráveis gastos médicos. Crianças prematuras, de baixo nível sócio-econômico ou com deficiência imunológica parece estarem sujeitas a doença de maior gravidade. O rotavírus também tem grande participação nos surtos de gastroenterite hospitalar.
2. Agente etiológico - é um RNA vírus da família dos Reoviridae, do gênero Rotavírus. São classificados sorologicamente em grupos, subgrupos e sorotipos. Até o momento 7 grupos foram identificados: A, B, C, D, E, F e G, ocorrendo em diversas espécies animais, sendo que os grupos A, B, e C são associados a doença no homem. O grupo A é o de melhor caracterização, predominando na natureza, associado a doença no homem e em diversas outras espécies animais. Possuem antígeno comum de grupo, localizado no componente VP6, no capsídeo intermediário, detectável pela maioria dos testes sorológicos. Esta proteína também determina o subgrupo (I, II, I e II, não I – não II) a que pertence a cepa. Os sorotipos são determinados por duas proteínas (VP4 e VP7) situadas no capsídeo externo. Dos 14 sorotipos G (VP7) conhecidos, 10 têm sido descritos como patógenos humanos: os tipos G1 a G4, os mais freqüentemente encontrados em todo o mundo e para os quais vacinas estão sendo desenvolvidas; os tipos G8 e G12, esporadicamente encontrados e o tipo G9, predominante na Índia. Rotavírus que eram encontrados exclusivamente como patógenos animais, sorotipos G5, G6 e G10, foram isolados em humanos. O sorotipo G5 foi encontrado em amostras brasileiras ( Gouvea et al, 1994; Timenetsky et al, 1994; 1998)
3. Modo de transmissão - rotavírus são isolados em alta concentração em fezes de crianças infectadas e são transmitidos pela via fecal-oral, por contato pessoa a pessoa e também através de fômites. A máxima excreção viral se dá no 3º e 4º dia a partir dos primeiros sintomas, no entanto, podem ser detectados nas fezes de pacientes mesmo após a completa resolução da diarréia.
4. Período de incubação - varia de 1 a 3 dias.
5. Conduta médica e diagnóstico - A. a anamnese feita com cuidado, com dados de história, antecedentes epidemiológicos e o exame clínico podem sugerir fortemente a infecção pelo rotavírus, no entanto como as manifestações clínicas da infecção não são específicas, a confirmação laboratorial é necessária para a vigilância epidemiológica e pode também ser útil em situações clínicas. Na forma clássica, mais freqüente em crianças de 6 meses a dois anos, a doença se manifesta como quadro abrupto de vômito, que na maioria das vezes precede a diarréia, e a presença de febre alta. É comum observar-se formas mais leves ou quadros subclínicos entre adultos contactantes. Em crianças até os 4 meses pode haver infecção assintomática, aventando-se a ação protetora de anticorpos maternos e do aleitamento natural.
A diarréia é caracteristicamente aquosa, com aspecto gorduroso e caráter explosivo, durando de 4 a 8 dias. Variações do quadro clínico através de infecções aparentes ou inaparentes não parecem guardar correlação com o sorotipo, enquanto que nas reinfecções, na maioria das vezes se evidenciam variedades antigênicas, sendo que, via de regra, a primeira infecção é a de maior gravidade. B. o exame laboratorial específico é a investigação do vírus nas fezes do paciente. A época ideal para detecção do vírus nas fezes vai do primeiro ao quarto dia de doença, período de maior excreção viral. O método de maior disponibilidade é a detecção de antígenos, por ELISA, nas fezes. Outras técnicas, incluindo microscopia eletrônica, PCR e cultura, são usadas principalmente em pesquisas. Métodos sorológicos que identifiquem aumento de títulos de anticorpos IgG e IgM, por ELISA, também podem ser usados para confirmação de infecção recente.
6. Tratamento – por ser, em geral, doença auto limitada, com tendência a evoluir espontaneamente para a cura, o fundamental do tratamento é prevenir a desidratação e distúrbios hidreletrolíticos. Não se recomenda o uso de antimicrobianos. Não há terapêutica específica para combater o rotavírus. A orientação atual é de manutenção da dieta alimentar normal. Eventualmente pode ser necessário recorrer à hidratação parenteral, se a oral não for suficiente para a reposição de fluidos e eletrólitos. Não se recomenda o uso de antidiarreicos.
7. Complicações - existem vários relatos na literatura associando a infecção por rotavírus a encefalites, Síndrome de Reye e à Doença de Kawasaki. De todas as complicações as que não assumem caráter circunstancial são a diarréia prolongada em imunodeprimidos e a enterocolite necrotisante em neonatos.
8. Distribuição e freqüência da doença - estudos efetuados em vários países evidenciam a distribuição universal da doença, embora com características epidemiológicas distintas em áreas de clima temperado e nas áreas tropicais. Nas primeiras manifesta-se com uma distribuição tipicamente sazonal, através de extensas epidemias nos meses frios. Já nas regiões tropicais, a sazonalidade não é tão marcante, manifestando-se mais por um caráter endêmico. No Brasil, estudo realizado por Pereira et al, em 1993, evidenciou sazonalidade típica nas regiões Centro-Oeste, sudeste e sul, não se observando o mesmo padrão no Norte e Nordeste do país. Dados referentes à epidemiologia molecular são ainda bastante restritos. Estudos prospectivos, na região amazônica, ao longo da década de 80, em comunidades urbanas mostravam associação do sorotipo 1 em 50 a 70% das infecções, com predominância do tipo 1 no primeiro ano de vida e do 2 no segundo, sendo particularmente raros os tipos 3 e 4. No entanto, estudos realizados em Belém, Pará, em 1988, revelaram aparente predominância do sorotipo 3 enquanto que estudos mais recentes, realizados no âmbito hospitalar e comunitário, identificaram o sorotipo 2 em 80% dos casos e o 1 em 8%.
Estudos realizados no Estado de São Paulo demonstraram a presença dos sorotipos G5 (27%), G3 (23%), G1 (17%), G2 (7%) e G4 (5%) em amostras identificadas no período de 1986 a 1992 (Timenetsky et al, 1994;1998). Analisando-se amostras identificadas na capital em 1995, o sorotipo G1 (40%) foi o predominante, seguido do G5 em 23% ( Carmona et al, 1998).
9. Condutas epidemiológicas, sanitária e educativa - 1) notificação em caso de surtos: deve ser imediatamente notificado ao Serviço de Vigilância Epidemiológica Municipal, Regional ou Central para que sejam desencadeadas as medidas as de controle bem como as necessárias à identificação do agente etiológico. O Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo mantém uma Central de Vigilância, funcionando ininterruptamente que além de receber notificações pode orientar quanto a medidas a serem adotadas, através do telefone 0800-55-54-66; 2) Vacina contra o rotavírus - a utilização de vacina eficaz permanece como a medida profilática de maior impacto contra a diarréia por rotavírus. Em 1998, uma vacina oral, tetravalente contra os sorotipos G1, G2, G3 e G4, foi liberada para uso nos EUA. Recentemente seu uso foi suspenso até que melhor avaliação acerca de sua segurança seja feita. Apresenta-se na forma liofilizada e quando reconstituída, cada dose de 2,5 ml contém 1 x 10 5 unidades formadoras de placa (UFP) de cada uma das cepas. Sua utilização no programa de imunização no Brasil, além das questões relativas à segurança do imunobiológico, ainda depende de estudos que avaliem melhor a epidemiologia do rotavírus entre nós, bem como aspectos relativos à relação custo benefício de sua introdução em larga escala. 3) Outras medidas sanitárias e educativas - as práticas higiênicas tradicionais e universais como lavagem de mãos, controle da água e dos alimentos, destino adequado dos dejetos e do esgoto, tão importantes na profilaxia da gastroenterite por outros patógenos, parecem não ter grande impacto na incidência da infecção pelo rotavírus. Evidências nesse sentido são as extensas epidemias cíclicas da doença em países desenvolvidos. Nesse sentido, o estímulo ao aleitamento materno teria fundamental importância pelos altos níveis de anticorpos contra o rotavírus.
10. Conduta laboratorial - os procedimentos de pesquisa do Rotavírus são: pesquisa do vírus em amostra de fezes coletada na fase aguda da doença, nos primeiros 4 dias, para a detecção do antígeno viral (rotavírus do grupo A) por técnica imunoenzimática (ELISA), empregando-se kits comerciais; pesquisa da partícula viral por técnica de microscopia eletrônica direta (ME); análise do genoma viral por técnicas de eletroforese em gel de poliacrilamida (PAGE), para a detecção dos diferentes grupos de rotavírus, e reação em cadeia de polimerase (PCR), para a genotipagem (VP4 – tipos P; VP7 – tipos G; VP6 – grupos).

11- Bibliografia consultada e para saber mais sobre a doença:

  1. ACIP. Rotavirus Vaccine for the Prevention of Rotavirus Gastroenteritis Among Children Recommendations of the advisory Committee on Imunization Practices, Atlanta, EUA, 48(RR-2): 1-23, mar, 1999.http://www.cdc.gov/epo/mmwr/preview/mmwrhtml/00056669.htm
  2. Farhat C.K., Carvalho E.S., Carvalho L.H.F.R. & Succi R.C.M. Infectologia Pediátrica. Ed. Atheneu, São Paulo, 1994.
  3. Gouvea, V.; Castro, L.; Timenetsky, M.C.; Greenberg, H.; Santos, N.. Rotavirus serotype G5 associated with diarrhea in brazilian children. J. Clin. Microbiol., 32: 1408-9, 1994a.
  4. Kapikian, A. Z. & Chanock, R. M. Rotaviruses.In: Fields, B.N. & Howley, P. M.eds. Virology. 3th ed., Philadelphia: lippicoot-Raven, Publishers, 1996. P. 1657-708.
  5. Linhares, A.C.; Gabbay, Y.B.; Mascarenhas, J.D.P.; Freitas. R.B.; Flewett, T.H.; Beards, G.M.. Epidemiology of Rotavirus serotype in Belem, Brazil: a three-year study. Ann. Inst. Pasteur/Virol., 139: 89-99, 1988.
  6. Mandel, Douglas and Bennett’s. Principles and Practice of Infeccious Diseases, 4th Edition, Churchill & Livingstone Inc., USA, 1995.
  7. Pereira, H.G., Linhares, A.C., Candeias, J.A.N.; Glass, R.I.. National laboratory surveillance of viral agents of gastroenteritis in Brazil: Bull. Pan. Am. Health Organ., 27:224-33, 1993.
  8. Timenetsky, M.C.S.T.; Santos, N.; Gouvea, N.. Survey of rotavirus G and P types associates with human gastroenteritis in São Paulo, Brazil, from 1986 to 1992. J. Clin. Micobiol., 32: 2622-4, 1994.
  9. Timenetsky, M.C.S.T. & Carmona, R.C.C.. Genótippos de Rotavírus associados a gastroenterites humanas no Estado de São Paulo. Laes & Haes, 144: 124-28, 1998.
  10. Veronesi, R. & Focaccia R. Tratado de Infectologia. Ed. Atheneu, Vol. 1, São Paulo, 1996.
  11. OPAS/OMS. El control de las Enfermedades Transmisibles en el hombre. Editor Benenson, A. S., 15 º Edição, Washington D. C., E. U. A. 1992.
  12. US FDA/CFSAN. Rotavírus. BAD BUG BOOK. http://www.fda.gov (procurar em Food e em seguida em Bad Bug Book)
Equipe Técnica:
Maria Bernadete de Paula Eduardo - CVE/SES-SP (Coordenação e Redação geral)
Maria Lúcia Rocha de Mello – CVE/SES-SP
Maria do Carmo S.T. Timenetsky - IAL/SES-SP
Ivany Rodrigues de Moraes- CVS/SES-SP
Célia Elisa Guarnieri - IIER/SES-SP






SAÚDE EM FOCO

              Infecção por Rotavírus


Existem sete sorotipos diferentes de Rotavirus, mas somente três deles infectam o homem e causam gastrenterite aguda. Essa variedade de sorotipos explica por que a pessoa pode ser infectada mais de uma vez, embora seja possível desenvolver certo grau de proteção cruzada que torna mais leve a infecção por um tipo diferente de Rotavírus.
A infecção pode ocorrer em qualquer idade. A estimativa é que até os cinco anos todas as crianças terão pelo menos um episódio de infecção e que uma em cada 300 infectadas pode morrer em consequência das complicações.
Nos adultos, a infecção costuma ser mais benigna.
O Rotavirus é transmitido por via fecal-oral, pelo contato direto entre as pessoas, por utensílios, brinquedos, água e alimentos contaminados. Medidas de saneamento básico são fundamentais para prevenir a transmissão do vírus.
Sintomas
Em alguns casos, a infecção pode ser assintomática. Quando os sintomas aparecem, os mais importantes são: 1) diarreia aguda, geralmente aquosa, sem sinais de muco e sangue; 2) vômitos; 3) febre e mal-estar; 4) coriza e tosse, às vezes; 5) desidratação, nos quadros graves.
Os quadros leves são autolimitados: a infecção dura alguns dias e regride. Os mais graves estão associados à desidratação e podem ter complicações fatais.
Diagnóstico
O diagnóstico clínico pode ser confirmado por um exame laboratorial específico para pesquisar a existência do vírus nas fezes do doente. A amostra deve ser coletada nos primeiros dias da infecção.
Tratamento
Não existem medicamentos específicos para combater a infecção por Rotavírus. O fundamental é manter a criança hidratada, repondo constantemente o líquido perdido nos vômitos e nas evacuações. São sinais de desidratação: letargia, irritabilidade, muita sede, diminuição do volume da urina, boca seca, olhos encovados, ausência de lágrimas, perda do turgor da pele.
Os quadros leves podem ser tratados em casa, com soro caseiro, muito líquido e alimentação normal, especialmente se for leite materno, mas sempre respeitando a orientação médica. Os quadros graves exigem internação hospitalar.
Vacina
A vacina contra o Rotavírus é produzida com vírus humano atenuado e não faz parte do calendário do Programa Nacional de Imunizações. Segundo estudos realizados, o grau de proteção não é total e depende de que as duas doses sejam ministradas precocemente. Não há consenso entre os pediatras sobre sua indicação.
Recomendações
* Lave as mãos cuidadosamente e com freqüência, especialmente depois de usar o banheiro e de trocar as fraldas das crianças, antes das refeições e quando for preparar os alimentos;
* Lave bem e deixe mergulhados em solução desinfetante frutas e legumes que vão ser ingeridos crus;
* Use água tratada para beber e no preparo dos alimentos;
* Mantenha sempre bem limpos os utensílios de mesa e os que são usados na cozinha;
* Lembre-se de que o soro caseiro e os produtos equivalentes contêm sais minerais importantes para reidratar o paciente não encontrados na água pura;
* Procure o médico tão logo a criança apresente episódios de diarréia aguda.




terça-feira, 10 de janeiro de 2012

SAÚDE EM FOCO



Receitas caseiras não ajudam a prevenir a dengue, alertam especialistas

Agência Brasil

Brasília - Para escapar da picada do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, muita gente recorre a receitas caseiras que circulam na internet ou dicas de amigos. Especialistas alertam que as recomendações alternativas não ajudam a prevenir a doença.
Comer alho, cebola, inhame, tomar vitamina C, chá de cravo da índia ou acender vela de andiroba são algumas das receitas populares. Mas nada disso impede uma pessoa de ser alvo da picada do mosquito, afirmam pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No caso dos alimentos, por exemplo, a pessoa teria de consumir grandes quantidades para liberar o cheiro das substâncias no suor e desviar a atenção do mosquito, explicam os pesquisadores.
Outra recomendação é passar repelente na pele. Segundo o epidemiologista e diretor do Instituto de Pediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Edimilson Migowski, alguns produtos conseguem afastar o mosquito. Porém, o professor alerta que os repelentes agem, em média, por três horas e não podem ser passados no corpo a todo tempo.
“Durante uma parte do dia, você vai ficar descoberto”, diz.  O mosquito tem hábitos diurnos e prefere alimentar-se no amanhecer ou ao entardecer. Pode picar as pessoas também no período da noite.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, também não indica as receitas caseiras. “Não tem eficácia comprovada e faz com que as pessoas não adotem as medidas eficazes.”
Jarbas Barbosa destaca a adoção de hábitos dentro de casa para acabar com os criadouros do mosquito. Entre eles, tampar a caixa d`água, desentupir as calhas, tirar a água das bandejas do ar condicionado e dos pratinhos dos vasos de planta e colocar tela em privadas e ralos pouco usados – que acumulam água parada, locais preferidos do mosquito para depositar os ovos.
Fazer essa vistoria em casa e no escritório pelo menos uma vez por semana é o suficiente, informou o secretário. Do ovo até a fase adulta, o ciclo de vida do Aedes aegypti leva de 7 a 10 dias.
“Quando você joga fora a água parada elimina de 60 a 100 larvas do mosquito. Nenhuma outra medida vai evitar [o surgimento] de tantos mosquitos de uma única vez”, acrescentou o professor Edimilson Migowski.
Um levantamento divulgado pelo ministério mostra que 48 municípios apresentam risco de surto de dengue neste verão. Em cada cidade, as equipes de saúde encontraram larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis visitados, taxa considerada preocupante.
A proliferação do mosquito da dengue aumenta no verão devido à alta temperatura e às chuvas que aumentam o número de locais com água parada e facilitam o depósito de ovos do inseto.

Tags: chuvas, dengue, prevenção, tipo 4, vírus

domingo, 1 de janeiro de 2012

SAÚDE EM FOCO


Receitas caseiras não ajudam a prevenir a dengue, alertam especialistas

Agência Brasil
Brasília - Para escapar da picada do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, muita gente recorre a receitas caseiras que circulam na internet ou dicas deamigos. Especialistas alertam que as recomendações alternativas não ajudam a prevenir a doença.
Comer alho, cebola, inhame, tomar vitamina C, chá de cravo da índia ou acender vela de andiroba são algumas das receitas populares. Mas nada disso impede uma pessoade ser alvo da picada do mosquito, afirmam pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No caso dos alimentos, por exemplo, a pessoa teria de consumir grandes quantidades para liberar o cheiro das substâncias no suor e desviar a atenção do mosquito, explicam os pesquisadores.
Outra recomendação é passar repelente na pele. Segundo o epidemiologista e diretor do Instituto de Pediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Edimilson Migowski, alguns produtos conseguem afastar o mosquito. Porém, o professor alerta que os repelentes agem, em média, por três horas e não podem ser passados no corpo a todo tempo.
“Durante uma parte do dia, você vai ficar descoberto”, diz.  O mosquito tem hábitos diurnos e prefere alimentar-se no amanhecer ou ao entardecer. Pode picar as pessoas também no período da noite.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, também não indica as receitas caseiras. “Não tem eficácia comprovada e faz com que as pessoas não adotem as medidas eficazes.”
Jarbas Barbosa destaca a adoção de hábitos dentro de casa para acabar com os criadouros do mosquito. Entre eles, tampar a caixa d`água, desentupir as calhas, tirar a água das bandejas do ar condicionado e dos pratinhos dos vasos de planta e colocar tela em privadas e ralos pouco usados – que acumulam água parada, locais preferidos do mosquito para depositar os ovos.
Fazer essa vistoria em casa e no escritório pelo menos uma vez por semana é o suficiente, informou o secretário. Do ovo até a fase adulta, o ciclo de vida do Aedes aegypti leva de 7 a 10 dias.
“Quando você joga fora a água parada elimina de 60 a 100 larvas do mosquito. Nenhuma outra medida vai evitar [o surgimento] de tantos mosquitos de uma única vez”, acrescentou o professor Edimilson Migowski.
Um levantamento divulgado pelo ministério mostra que 48 municípios apresentam risco de surto de dengue neste verão. Em cada cidade, as equipes de saúde encontraram larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis visitados, taxa considerada preocupante.
A proliferação do mosquito da dengue aumenta no verão devido à alta temperatura e às chuvas que aumentam o número de locais com água parada e facilitam o depósito de ovos do inseto.

Tags: chuvas, dengue, prevenção, tipo 4,