quinta-feira, 30 de junho de 2011

SAÚDE EM FOCO


Dengue causa a morte de seis pessoas no Rio em apenas uma semana
O número de casos de dengue está caindo no estado do Rio, mas não o de mortes. Ao contrário, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde divulgados nesta quarta-feira (29), foram registrados este ano 142.147 casos suspeitos da doença, com 107 mortos, seis a mais do que no boletim divulgado na semana passada.
O pico da incidência de dengue no estado foi atingido em abril, com 50,8 mil notificações, número que caiu para 31,8 mil em maio e para apenas 3,9 mil até 25 de junho. A cidade do Rio de Janeiro lidera o índice de letalidade, com 36 mortos, seguida por São Gonçalo (nove), Duque de Caxias (nove) e Nova Iguaçu (oito), todas na região metropolitana da capital
A situação dos municípios de Iguaba Grande, Angra dos Reis, Volta Redonda, Campos dos Goytacazes, Armação de Búzios, Saquarema, Itatiaia, Pinheiral, Resende e Valença ainda é considerada epidemia, por causa do alto número de casos da dengue. (Fonte: Vladimir Platonow/ Agência Brasil)

quarta-feira, 29 de junho de 2011

RECICLAGEM EM FOCO - O PLANETA AGRADECE

RECICLAGEM.  O PLANETA AGRADECE

MEIO AMBIENTE EM FOCO



Usina brasileira é a primeira a receber certificação ambiental

A usina da Raízen em Maracaí, São Paulo, foi a primeira no mundo a receber o certificado do Bonsucro, o primeiro protocolo de sustentabilidade no setor produtivo da cana de açúcar. A certificação atende 1,7 milhão de toneladas de cana-de-açúcar, 130 mil toneladas de açúcar e 63 milhões de litros de etanol.
Esse volume representa cerca de 50% da produção total da usina, ligada à multinacional Raízen e que fornece açúcar para a Coca- Cola, que junto com a ONG ambiental WWF, criou uma meta que envolve ações sustentáveis de seus fornecedores. De acordo com Cássio Franco Moreira, coordenador de agricultura e Meio Ambiente da ONG WWF, a certificação, elaborada em conjunto com grupos internacionais, tem como critérios mais difíceis a redução do uso de agroquímicos e substituição de pesticidas.
“O ponto positivo para a usina é que ela pode acessar mercados que demandam maior sustentabilidade”, disse. O certificado também é uma ferramenta importante para medir a transformação social, ambiental e econômica da indústria da cana-de-açúcar.
O certificado é composto por 48 indicadores sociais, ambientais e econômicos que atendem a cinco cumprimentos de cinco pontos: legislação local, biodiversidade e impacto ao ecossistema, além de direitos humanos, produção e melhora contínua dos processos. O certificado tem validade de três anos e pode ser prolongado após auditoria. De acordo com Luiz Eduardo Osório, vice-presidente de desenvolvimento sustentável e relações externas da Raízen, a usina entrou no processo para conquistar o certificado desde 2008. “Foram três anos de trabalho intenso”, afirmou.
De acordo com Osório, 72% da cana é colhida de forma mecanizada. “Isto facilita processos e, por exemplo, não há queima após a colheita”, disse. A empresa segue o protocolo agroambiental do Estado de São Paulo, que impede a queima até 2014.
Mais 20 – Segundo o WWF, outras 20 usinas brasileiras devem receber o mesmo certificado ainda este ano. Franco Moreira afirma que o setor sucroenergético tem passivos antigos, como falta de áreas de preservação permanentes e reservas legais, mas que em relação ao desmatamento, não é tão preocupante como a soja e a pecuária, por exemplo. (Fonte: Maria Fernanda Ziegler/ Portal iG)

SAÚDE EM FOCO


Secretaria de Saúde do DF combate mosquito que transmite leishmaniose

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal está intensificando o trabalho de combate ao mosquito que transmite a leishmaniose na região do Fercal, Lago Norte, Varjão e Asa Norte. Esses são os locais onde a secretaria identificou aumento dos focos da doença.
A leishmaniose pode passar para o homem por picadas do mosquito contaminado com sangue de um cachorro doente e levar a pessoa à morte se ela não receber o tratamento adequado.
A secretaria já registrou dois casos de leishmaniose na Fercal. Uma menina de 2 anos ficou internada durante 15 dias depois de apresentar os sintomas da doença. De janeiro até o dia 8 deste mês, já foram confirmados 122 casos em cães e 9 em pessoas em todo o DF.
Na Fercal, os agentes de saúde ambiental visitam as casas onde fazem a dedetização e também colhem sangue dos cachorros que transmitem a doença para o homem. Eles também ensinam aos moradores a instalar armadilhas para capturar os mosquitos.
Para prevenir a doença é preciso controlar a proliferação do mosquito-palha, espécie transmissora da leishmaniose, que se desenvolve em restos de alimentos e plantas além de fezes dos animais. O mosquito prefere os locais escuros e úmidos. (Fonte: G1)

domingo, 26 de junho de 2011

MEIO AMBIENTE EM FOCO


As florestas são a fonte de pelo menos 200 mil famílias que vivem do extrativismo só na Amazônia.

Entre os produtos oferecidos pela floresta estão o pescado, a castanha, óleos vegetais, fibras, açaí, pequenos artefatos de madeira e a borracha da seringueira. Em outros biomas, como o Cerrado, a Caatinga e a Mata Atlântica, também há extrativismo e os produtos advindos da atividade podem ser o pequi, no Centro-Oeste, ou o caranguejo, no litoral.
Célia Regina das Neves, que vive na Reserva Extrativista Mãe Grande, em Curuçá, no Pará, cobra que as políticas públicas para quem vive na floresta sejam diferentes das que são feitas para as cidades. “Para quem está na floresta, ela [política pública] tem que reconhecer isso. Tem muita demanda , desde a questão da produção, da família em si, da organização comunitária, da convivência com os recursos naturais e, principalmente, da regularização fundiária, do ordenamento ambiental”.
O presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas, Manoel Silva da Cunha, aponta a questão fundiária como o principal problema enfrentado por essas comunidades, que tiveram o incentivo para migrar do Nordeste, na época do ciclo da borracha, e acabaram ocupando terras que já tinham dono.
“Até hoje esse processo ainda permanece. Inclusive nas reservas extrativistas onde há um decreto do governo federal ou dos governos estaduais determinando aquelas áreas como unidades de conservação de uso, mesmo assim o problema da regularização não está resolvido”, diz Cunha.
Segundo ele, o modelo de desenvolvimento da Amazônia foi baseado no Sul e Sudeste, o que mostra que falta assistência especializada para melhorar a produção extrativista. “É muito fácil você conseguir assistência técnica para derrubar um hectare de floresta, plantar mandioca, mas quando você quer melhorar a sua extração do açaí, sua coleta de castanha, a gente encontra dificuldade, não tem ninguém dentro dos órgãos habilitado pra isso”. Cunha aponta também a falta de crédito para o extrativista.
De acordo com o diretor do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João de Deus Medeiros, o governo tem atuado para estimular as relações harmoniosas dos povos com a floresta, com projetos como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Florestal. “A política de apoio aos produtos da sociobiodiversidade, tanto no que tange à agregação de valor aos produtos, como à garantia de preço mínimo, o auxílio à inserção desses produtos em uma realidade de mercado mais favorável, tudo isso tem surtido resultados bastante interessantes”, avalia Medeiros.
O diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Antônio Carlos Hummel, explica que o trabalho do órgão tem sido o de mostrar que conservar a floresta para a exploração gera renda. “Com o desenvolvimento dessas técnicas de manejo florestal, a gente está mostrando que a floresta em pé coloca dinheiro no bolso do comunitário, na mão do empresário de forma sustentável e não ilegal”.
No Plano Brasil Sem Miséria, lançado pelo governo federal no começo do mês, está prevista a implantação do Bolsa Verde, um auxílio trimestral de R$ 300 para as famílias que contribuam para a conservação ambiental no ambiente em que moram e trabalham. (Fonte: Akemi Nitahara/ Radiobrás)

sábado, 25 de junho de 2011

SAÚDE EM FOCO

                Aumenta número de casos de doença de Chagas no Brasil

23 de junho de 2011 (Bibliomed). A doença de chagas afeta cerca de 20 milhões de pessoas em toda a América Latina. Somente no Brasil, o número de vítimas pode chegar a até 5 milhões e as estatísticas mostram que a incidência da doença é crescente. Entre os anos de 2005 e 2008, 453 novos casos foram registrados.
A doença de Chagas é transmitida através do inseto chamado Barbeiro. Dentre as pessoas infectadas, apenas 60% desenvolvem a doença, que se não tratada pode ser fatal. Os medicamentos utilizados no controle da doença apresentam muitos efeitos colaterais e são pouco eficazes no estágio avançado dessa condição.  Nos 40% restantes dos casos, a doença provoca um inchaço no esôfago, intestino ou coração.
Dirceu Rodrigues de Almeida, professor de cardiologia na UFESP, afirma que desde 2008 o número de novos pacientes infectados só aumentou. “Em 2010 foram 300 novos casos na região Norte. Caiu a contaminação pelo barbeiro, mas aumentou por ingestão oral, como o consumo de açaí e caldo de cana com as fezes do inseto, é a chamada Doença de Chagas Aguda”.
Devido a esses problemas, a 1ª Diretriz Latino-Americana sobre Doença de Chagas será um dos temas de debate apresentados no XXXII Congresso daSociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, realizado entre os dias 23 e 25 de junho de 2011 na capital do estado.
De acordo com Almeida, a nova diretriz pode trazer novos benefícios para a área, ajudando no diagnóstico da doença e na qualidade de vida o paciente. “A Diretriz servirá para orientar os médicos brasileiros que muitas vezes só diagnosticam Chagas quando a doença está em estágio avançado, e que precisam estar alertas para os sintomas precoces, antes que se instale a insuficiência cardíaca. Embora a moléstia não tenha cura, os tratamentos disponíveis como o marcapasso e até mesmo o transplante prolongam a vida do paciente por muitos anos”, afirma.
Fonte: DOC Press Comunicação – SOCESP 20 de junho de 2011


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SAÚDE EM FOCO


Relatório da ONU aponta uso abusivo de medicamentos no Brasil

Um relatório sobre o consumo de drogas no mundo, divulgado nesta quinta-feira (23) pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), aponta o uso abusivo de medicamentos no Brasil e a estabilidade no consumo de drogas ilegais. De acordo com os dados, “uma alta prevalência de uso não médico de opióides (analgésicos) de prescrição foi relatado pela Costa Rica, Brasil e Chile”.
De acordo com os dados, os medicamentos do grupo dos opióides, em especial aqueles à base de codeína (substâncias indicadas para dores causadas por tumores ou dores muito fortes após intervenções cirúrgicas), prevalecem na América do Sul, América Central e Caribe.
Bo Mathiasen, representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes no Brasil, afirmou que o principal problema do consumo abusivo das drogas lícitas é o controle por parte das autoridades.
“O risco principal dos sintéticos é o uso não controlado do medicamento. Precisa de observação e monitoramento médico, mas a pessoa cria dependência. O Brasil tem feito vários esforços no controle. No mercado europeu, as drogas sintéticas são vendidas pela internet.”
Vladimir Andrade, diretor de Assuntos Internacionais e Projetos Estratégicos da Secretaria Nacional Antidrogas, afirmou que o governo brasileiro vem atuando para reprimir o uso abusivo de medicamentos. “Lançamos sistema para melhorar o controle sobre a venda de medicamentos, proibimos a mistura de fórmulas, principalmente nos anorexígenos.
América do Sul – O relatório da ONU indica também que o uso abusivo desses medicamentos na América do Sul está estimado entre 0,3% e 0,4% da população adulta, algo em torno de 850 mil a 940 mil pessoas entre 15 e 64 anos. No Brasil, o percentual é acima da média da região, 0,5%. Na Bolívia, o percentual é de 0,6% e no Chile, 0,5%.
“Bolívia, Brasil e Chile continuam como países com altas taxas de uso de opióides. Na América Central, a taxa da Costa Rica é maior que a média global (2,8%). Na América do Sul e na América Central, preparados à base de codeína estão entre os opióides mais comuns”, diz o relatório.
O relatório diz também que, na região, há alto consumo de “estimulantes prescritos desviados”, que a ONU aponta como legalmente recomendados, como os anorexígenos ou medicamentos para tratamento de transtorno de déficit de atenção.
“Altos níveis de consumo [de estimulantes] foram relatados em 2009, em particular na Argentina, no Brasil e, em menor medida, no Chile”, afirma o documento.
Em entrevista ao G1 há cerca de um ano, Pedro Gabriel Godinho Delgado, então coordenador geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde, afirmou que o grupo dos calmantes era o que mais preocupava o governo brasileiro.
“O aumento do consumo se deve a dois fatores, um bom e um ruim. Tem a questão da ampliação do acesso ao tratamento, o que mostra que mais pessoas estão tendo acesso ao uso racional. E o ruim é que muito provavelmente esse aumento tão significativo se deveu ao uso não racional, ao uso nocivo”, afirmou na ocasião Delgado.
O documento, chamado de Relatório Mundial sobre Drogas 2011, foi lançado em razão do Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico de Drogas, dia 26 de junho.
Drogas ilegais – Ainda de acordo com o documento da ONU, o “uso de cocaína agora é geralmente percebido como estável na América do Sul e Central”. Apesar disso, o relatório diz que o país tem cerca de 900 mil usuários de cocaína.
Argentina (2,6%), Chile (2,4%) e Uruguai (1,4%) são países que continuam com alta prevalência de uso de cocaína entre a população geral. Juntos, Brasil, Argentina, e Chile somam dois terços dos usuários de cocaína na América do Sul, América Central e Caribe.
“Contudo, o Brasil tem uma taxa de prevalência menor de 0,7% da população entre 15 e 64 anos. Por causa de sua grande população, o país tem o maior número de usuários de cocaína, 900 mil, na América do Sul.”
O relatório diz que as apreensões de cocaína cresceram nos últimos anos. No Brasil, conforme os dados, passou de 8 toneladas métricas em 2004 para 24 toneladas métricas em 2009.
“Em 2009, o Brasil foi o país de trânsito mais proeminente das Américas – em termos de número de apreensões – de remessas de cocaína apreendidas na Europa. O número de casos de apreensões que envolveram o Brasil como país de trânsito subiu de 25, em 2005 (somando 339 kg de cocaína), para 260, em 2009 (somando 1.5 toneladas métricas).”
Maconha – A ONU diz que a América do Norte continua sendo o maior mercado de drogas do mundo. “ A produção de drogas ilícitas na América do Norte está majoritariamente relacionada à cannabis (principalmente maconha), estimulantes tipo-anfetamina (ATS) e opiáceos.”
“Os maiores níveis de uso ilícito de drogas estão relacionados ao consumo de cannabis,principalmente maconha. Com uma taxa de prevalência de 10,7% entre a população de 15 e 64 anos, o uso de cannabis na América do Norte está acima da média mundial. A região conta com cerca de um quinto dos usuários de cannabis no mundo.” (Fonte: Mariana Oliveira/ G1)

quinta-feira, 23 de junho de 2011

SAÚDE EM FOCO


Cigarro aumenta risco de morte por câncer de próstata, diz estudo

Os fumantes com diagnóstico de câncer de próstata correm mais risco de desenvolver tumores agressivos e maior probabilidade de morrer da doença do que os não fumantes, destacaram esta terça-feira (21) cientistas norte-americanos.
Os homens que fumavam na época do diagnóstico demonstraram ter 61% mais chances de morrer por causa do câncer de próstata e 61% mais chances de o câncer voltar em comparação com os que nunca fumaram, afirmaram cientistas da Faculdade de Saúde Pública da Universidade da Califórnia em San Francisco.
No entanto, a estatística não vale para quem abandonou o hábito 10 anos ou mais antes do diagnóstico de câncer de próstata. Eles demonstraram ter risco de recorrência e de morte similares aos dos homens que nunca fumaram, destacou o estudo publicado pelo “Journal of the American Medical Association”.
“Estes dados são estimulantes porque há poucos caminhos conhecidos para que um homem reduza o risco de morrer de câncer de próstata”, assegurou um dos autores do estudo, Edward Giovannucci, professor de nutrição e epidemiologia de Harvard.
“Para os fumantes, deixar (o hábito) pode reduzir o risco de morrer de câncer de próstata. É outra razão para não fumar”, acrescentou.
A pesquisa examinou 5.366 homens diagnosticados com câncer de próstata entre 1986 e 2006. Durante este período, registrou 1.630 mortes, 524 (32%) devido ao câncer de próstata e 416 (26%) de doença cardíaca.(Fonte: G1)
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BRASIL EM FOCO


 

Funai identifica novo povo isolado em terra indígena no Amazonas

Um novo grupo de índios isolados – ou seja, sem contato com o “homem branco” – foi identificado pela Funai na Terra Indígena Vale do Javari, no sudoeste do Amazonas.
Em sobrevoo, foram avistadas três clareiras com quatro grandes malocas. As clareiras já haviam sido localizadas por satélite anteriormente, mas a existência do povo desconhecido só se confirmou na expedição, realizada em abril.
Estima-se que haja 200 pessoas vivendo no local, segundo comunicado da fundação responsável por zelar pelos indígenas no Brasil divulgado nesta segunda-feira (20).
De acordo com a Funai, a roça que há no local, bem como as malocas, são novas – datam de, no máximo, um ano. O estado da palha usada na construção e a plantação de milho indicam isso. Além do milho, há banana e uma vegetação rasteira que parece ser amendoim, entre outras culturas. As observações preliminares da Funai indicam que o grupo pode pertencer à família linguística pano, que se estende pela Amazônia brasileira, peruana e boliviana.
Ameaças ambientais – A Terra Indígena Vale do Javari é considerada a maior concentração de grupos isolados no mundo, de acordo com a Funai. Entre as principais ameaças a esses grupos estão a pesca ilegal, a caça, a exploração madeireira, o garimpo, atividades agropastoris com grandes desmatamentos, ações missionárias e problemas fronteiriços, como o narcotráfico.
A Funai reconhece a existência de 14 grupos de isolados no Vale do Javari. Esse levantamento, contudo, está em reformulação, e o número pode aumentar. Atualmente há oito grupos de índios isolados identificados concretamente por sobrevoo ou por expedições terrestres.
Entre 2006 e 2010, foram localizados mais de 90 indícios da ocupação territorial desses grupos, como roças e malocas. Por isso, acredita-se que haja uma população de aproximadamente 2 mil pessoas na Terra Indígena do Vale do Javari.
Sem contato – Ao contrário do que ocorreu ao longo de toda a história brasileira, desde 1987 a Funai decidiu não fazer mais contato com tribos que ainda estavam isoladas. Chegou-se à conclusão de que o contato sempre foi prejudicial e que se eles sabem onde está o “branco” e os outros índios e não os procuram, é porque não querem se aproximar. Desde então, muitas tribos passaram a viver, sem saber, dentro de reservas indígenas. (Fonte: Globo Natureza)
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quarta-feira, 22 de junho de 2011

AMBIENTE EM FOCO

ENTENDA COMO A AMAZÔNIA REGULA O REGIME DE CHUVAS NO PAÍS

A floresta joga na atmosfera até sete vezes mais água do que o oceano.

'Rios voadores' se formam, levando umidade para o Centro-Sul.

Do Globo Natureza, com informações do Jornal da Globo

Além de contribuir com o aquecimento global, os desmatamentos na Amazônia alteram as chuvas não só no Norte, mas no Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.
O caboclo amazonense tem um ditado: ‘a floresta faz chover’ - e faz mesmo. O professor Antônio Manzi, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) explica que as árvores liberam compostos orgânicos. Em contato com o ar, eles se cristalizam e fazem o vapor d'água das nuvens virar chuva.
“Então passa a ter uma simbiose da floresta que precisa da chuva ajuda na formação das nuvens que produzem chuva”, diz Manzi.
A floresta não deixa por menos: os cientistas explicam que 1 metro quadrado de vegetação joga na atmosfera de seis a sete vezes mais água do que 1 metro quadrado de oceano. A água toda em cima da floresta não fica parada. Ela faz chover também no Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.
Segundo os cientistas, cerca de dez trilhões de metros cúbicos de água evaporadas no Oceano Atlântico chegam à Amazônia. Parte vira chuva, o resto se junta com a grande umidade produzida pela vegetação e segue para a Cordilheira dos Andes, onde bate e volta em direção ao Sudeste. Essas correntes de ar extremamente úmidas são chamadas de rios voadores.
Rios voadores
Os rios se formam de três a quatro vezes por mês, entre novembro e abril. O aguaceiro vive nos noticiários, como foi o caso na região serrana do Rio, no começo do ano.
O aviador e ambientalista britânico Gerard Moss criou um projeto que complementa os estudos dos meteorologistas sobre a influência dos rios voadores no clima do Brasil e na América do Sul.
O piloto transformou um monomotor em laboratório para coletar amostras. O coletor fica na janela e captura a umidade do ar que é condensada em gotas d`água ao passar por um tubo de vidro cercado de gelo seco.
Cientistas de várias instituições participam do projeto e analisam as amostras dos rios voadores. Eles querem saber como é que as nuvens formadas pela floresta e as que vêm dos oceanos influenciam na produção dessas massas de ar úmido. O conhecimento pode tornar a previsão do tempo mais precisa.
“Dentro do corredor conseguimos anotar uma vazão, como se fosse uma vazão de um rio normal, de três mil metros cúbicos por segundo. Significa que você tem o rio do tamanho do Rio São Francisco, que passou por São Paulo”, diz Gérard Moss.
Modelos climáticos
Os modelos climáticos em geral mostram que a destruição da floresta diminuiria a quantidade de chuva na Amazônia, e afetaria o clima em boa parte do Brasil. “Mas não existe só esse resultado. Para Amazônia tem muita incerteza ainda. Há outros modelos do mesmo nível desses que projetam diminuição de chuvas, que também projetam aumento de chuva no futuro. São cenários possíveis, a gente não sabe o que está correto”, explica Manze.
Podemos usar o tempo a nosso favor e adiar o aquecimento global, já que ele é uma mudança contínua que vai acontecendo e não um evento súbito como um terremoto. Mas para apostar no tempo é preciso manter a floresta em pé.
“Essa visão de futuro que todos nós queremos construir conjuntamente é uma visão de colocar o Brasil como o país da sustentabilidade. O futuro do planeta tem que passar pela sustentabilidade.”, diz o pesquisador do Inpe, Carlos Nobre